LOKI – SEIS EPISÓDIOS - (USA, 2021) – Esta série da Marvel é uma justa homenagem a um dos seus melhores personagens, Loki, vivido por um dos melhores atores do cinema atual, Tom Hiddlestom: ele põe todo seu talento a serviço do personagem, e nota-se claramente a identificação dos dois. Hiddlestom gosta imensamente de Loki, como todos nós (é um dos meus personagens favoritos do universo Marvel). Loki não poderia mesmo ter encontrado seu fim em AVENGERS: ENDGAME. E só mesmo um roteiro extremamente criativo poderia trazê-lo de volta ainda mais divertido e, pasmem, humano. Os seis episódios são enxutos, bem escritos e produzidos com originalidade – afinal, quem poderia imaginar Loki preso num lugar parecido como uma repartição pública retrô? This Marvel series is a fair homage to one of its best characters, Loki, performed by one of the best actors in the contemporary cinema, Tom Hiddlestom: he puts his talent to the service of the character and we can tell the obvious identification between them two. Hiddlestom is immensely fond of Loki, as we all are (he is one of my favorite Marvel characters). Loki really could not have had an end in AVENGERS: ENDGAME. Only a creative script could have brought back still more amusing and human. The six episodes are lean and produced with originality – after all, who could have imagined Loki imprisoned in a place similar to a retro public department? Disney Plus.
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
4146 - LOKI - SEIS EPISÓDIOS (2021)
LOKI – SEIS EPISÓDIOS - (USA, 2021) – Esta série da Marvel é uma justa homenagem a um dos seus melhores personagens, Loki, vivido por um dos melhores atores do cinema atual, Tom Hiddlestom: ele põe todo seu talento a serviço do personagem, e nota-se claramente a identificação dos dois. Hiddlestom gosta imensamente de Loki, como todos nós (é um dos meus personagens favoritos do universo Marvel). Loki não poderia mesmo ter encontrado seu fim em AVENGERS: ENDGAME. E só mesmo um roteiro extremamente criativo poderia trazê-lo de volta ainda mais divertido e, pasmem, humano. Os seis episódios são enxutos, bem escritos e produzidos com originalidade – afinal, quem poderia imaginar Loki preso num lugar parecido como uma repartição pública retrô? This Marvel series is a fair homage to one of its best characters, Loki, performed by one of the best actors in the contemporary cinema, Tom Hiddlestom: he puts his talent to the service of the character and we can tell the obvious identification between them two. Hiddlestom is immensely fond of Loki, as we all are (he is one of my favorite Marvel characters). Loki really could not have had an end in AVENGERS: ENDGAME. Only a creative script could have brought back still more amusing and human. The six episodes are lean and produced with originality – after all, who could have imagined Loki imprisoned in a place similar to a retro public department? Disney Plus.
4145 - PECADOS ÍNTIMOS (2006)
Kate Winslet e Patrick Wilson
PECADOS ÍNTIMOS (LITTLE CHILDREN, USA, 2006) – O filme de Todd Field é uma releitura de Madame Bovary
ambientada num subúrbio americano: Sarah (Kate Winslet) está infeliz num
casamento sem amor, até conhecer Brad (Patrick Wilson), também afundado numa
relação distante com a esposa (Jennifer Connaly). A aproximação dos dois é uma
tentativa de dar sentido às suas vidas vazias, levando-se em conta suas frustrações
e anseios. O roteiro desenvolve uma história complexa enfeixando várias tramas
periféricas (o caso do pervertido tentando se inserir novamente na sociedade,
com o ótimo Jackie Earle Haley tendo uma atuação magnífica) e aponta para uma
reflexão sobre as pessoas presas em relacionamentos insatisfatórios,
preconceito e a imensa necessidade de ser ouvido com atenção e cuidado. Todd Field’s movie is a moder version
of Madame Bovary in an American suburb: Sarah (Kate Winslet) is unhappy in a
loveless marriage until she meets Brad (Patrick Wilson), also lost in a distant
relationship with his wife (Jennifer Connaly). Their mutual interest is an
attempt to make their lives senseful, considering their frustrations and
yearning. The script develops a complex story entwinning several subplots (the
case of a deranged sick man, with a top-notching performance of Jackie Earle Haley)
and points to a consideration about people trapped in unsatisfactory
relationships, prejudice and the huge need to be attentively and carefuly
heard. HBO.
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
4144 - A NOITE (1961)
A NOITE (LA NOTTE, Itália, 1961) – Esse filme de Michelangelo Antonioni, com Marcello Mastroianni e Jeane Moreau, mostra a deterioração do relacionamento de um casal, como metáfora de sua própria desilusão com a realidade política do pós-guerra. A mise-en-scène de Antonioni se orienta por uma ruptura com o formalismo narrativo mais tradicional, e isso tem direta influência na concepção estética inovadora e, de certo modo, traumática. No filme, o casal fragilizado pela vida moderna caminha a passos largo para a indiferença quase inevitável, só evitada pela percepção de laivos de um amor indestrutível. O filme se presta para uma reflexão profunda da dinâmica amorosa e da percepção quase perdida do outro como objeto afetivo. Antonioni é um gênio. Atenção para a cena na qual aparece Umberto Eco. Antonioni’s movie, with Marcello Mastroianni e Jeane Moreau, displays the deterioration of a couple’s relationship as a metaphor for his (Antonioni’s) own disillusion with the post-war political situation. Antonioni’s mise-en-scène points to a rupture with the narrative formalism and, in a way, traumatic. In the movie, a couple weakened by modern life goes straight to an almost inevitable indifference that could only be avoided by the perception of threads of indestructible love. The movie is a deep speculation about the loving dynamic and about the almost lost perception of the other as their love object. Antonioni rules. Attention to the scene in which Umberto Eco can be seen. TC Cult.
4143 - OUTONO EM NOVA IORQUE (2000)
OUTONO EM NOVA IORQUE (AUTUMN IN NEW YORK, USA, 2000) – Plasticamente muito bonito, OENI usa o outono de Nova Iorque como um paralelo como o outono de Charlotte (Winona Rider), cujo encontro com Will (Richard Gere), um playboy mulherengo, transforma a vida dos dois. Sim, é um drama romântico, com lágrimas e alguma reflexão: como escolhemos nosso tempo tanto para sermos felizes quanto infelizes. Atenção para a bela Vera Farmiga – uma primavera para gente sensível. Plastically very beautiful, AINY is a clever use of NY autumn as a parallel with Charlotte’s own autumn. Her meeting with Will (Richard Gere), a womanizer, changes their lives. Yes, it a romantic drama, with tears and some thinking: how we choose our own time to be happy or otherwise. Attention to Vera Farmiga – a spring for sensitive people. HBO.
4142 - NA TEIA DA ARANHA (2001)
Freeman - presença maiúscula
NA TEIA DA ARANHA, (ALONG CAME A SPIDER, USA 2001) – Morgan Freeman é obrigatório.
Aqui, ele é um detetive investigando o sequestro da filha de um senador. O filme
de Lee Tamahori tem um roteiro previsível, mas funciona principalmente por
causa de Freeman, cuja presença maiúscula em cena compensa as eventuais falhas.
O aspecto dramático é a participação de Anton Yelchin, ainda menino, como o
filho do presidente russo. Morgan Freeman is mandatory. Here he is a P.E. investigating
a senator’s daughter kidnapping. Lee Tamahori’s movie has a predicable script,
but it works due to Freeman’s magnetic presence that makes up for possible
flaws. The dramatic note is a young Anton Yelchin’s participation as the Russian
president’s son. HBO.
4141 - ROYAL HOUSE OF WINDSOR (2017)
ROYAL HOUSE OF WINDSOR – 6 EPISÓDIOS - (UK, 2017) – Série sobre a história da família real britânica nos últimos 100 anos, desde o início da Casa de Windsor, durante a WW1. Nos episódios, há uma clara abordagem preconceituosa em relação à princesa Diana, mostrada como uma pessoa instável, com a qual a monarquia teve de lidar ao longo dos anos. Além disso, Charles é envelopado como uma pessoa com preocupações sociais. The history of Britain's ruling dynasty, the Windsors, over the last 100 years, starting with the time around the outbreak of WWI. Evidently there is a great deal of bias against Princess Diana, who is portrayed as a damaged person with whom the royal family had to cope with along the years. Besides, it is a marketing piece for Charles, presented here as a man worried about minorities and homeless people in Britain. Netflix.
domingo, 25 de setembro de 2022
4140 - A 3000 MILHAS DE GRACELAND (2001)
A 3000 MILHAS DE GRACELAND (3000 MILES TO GRACELAND, USA, 2001) – Um grupo de ex-presidiários rouba um cassino em Las Vegas, durante uma convenção com imitadores de Elvis. Os atores principais, Kevin Costner e Kurt Russel, assim como sua turma fantasiada de Elvis, começam o filme em tom de comédia, mas o roteiro se agudiza, do segundo terço para frente, transformando a trama em ação violenta. No entanto, a grande atração é Courtney Cox, especialmente linda, como a mãe solteira de Jesse (David Kaye). Vale por Costner e Russel terçando armas como protagonistas e, claro, pelas cenas com Courtney. A gang of ex-cons rob a casino during Elvis convention in Las Vegas. The leading actors, Kevin Costner and Kurt Russel, as well as the others in Elvis costumes, start the movie in a comedy mood, but the script turns to violent action after the first half. However, the greatest attraction is Courtney, especially gorgeous, as Jesse’s single mother. Costner and Russel are great but it is Courtney who steals the scene, HBO.
4139 - THE CROWN - TEMP 1 - 10 EPISÓDIOS (2016)
THE CROWN – TEMP 1 – 10 EPISÓDIOS (UK, 2016) – Jóia da coroa da programação da Netflix, THE CROWN é, antes de tudo, uma visão crítica da monarquia britânica, evidenciando seu caráter tradicional e a profundíssima infelicidade de cada um de seus membros. A reconstituição de época é primorosa, e o elenco é perfeito. Nesta primeira temporada, há dois destaques: John Lithgow, um ator superlativo, como o primeiro-ministro Churchill, tem uma atuação tão impressionante (e comovente), a ponto de nos fazer esquecer Gary Oldman em O DESTINO DE UMA NAÇÃO; e, claro, Claire Foy, como a rainha Elizabeth. Ela consegue transmitir as restrições da monarquia, as pressões da corte, a solidão cósmica e o estoicismo do cargo através de longos silêncios e um olhar, ao mesmo tempo, indubitavelmente firme e devastadoramente melancólico, de quem se sabe chefe de tudo e de todos. Claire Fox é a alma da série nessas duas primeiras temporadas. No mais, THE CROWN é um primor de realização, direção e interpretação – tudo conflui de forma a atingir sempre o máximo de significado e informação histórica, sem deixar de lado as saborosas turbulências da grande família. A primeira temporada acompanha o aprendizado da jovem Elizabeth e sua acomodação ao peso da coroa, além da construção de uma relação quase parental entre ela e Churchill. Crown jewel of Netflix menu, THE CROWN is, above all, a critical vision of the British monarchy, outlining its traditional trait and the immense unhappiness of each one of its members. The recreation of historical events is exceptionally good and the cast is perfect. In this first season, two highlights: John Lithgow, a superlative actor, as the prime-minister Churchill has such an impressing and touching performance that makes us forget Gary Oldman in DARKEST HOUR; and, of course, Claire Foy, as Queen Elizabeth. She succeeds in conveying the monarchy restrictions, the pressures in the court, the cosmic loneliness and the stoicism of the royal position through long silent scenes and through her eyes, at the same time, undoubtley firm and devastatingly melancholic, knowing that she is the supreme boss. Claire Fox is the soul of the series in the two first seasons. Furthermore, THE CROWN is an example of production, direction and performances – everything goes together in order to achieve the maximum meaning and historical information, including the tasty turbulences of the great family. The first season follows young Elizabeth’s learnship and her accommodation to the weight of the crown, besides the almost parental relationship with Churchill.
4138 - A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA (1998)
Edward Norton, um ator superlativo |
A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA (AMERICAN HISTORY X, USA, 1998) – A violência crua do filme de Tony Kaye reflete a ideologia neonazista, supremacista branca e repleta de ódio. Depois da prisão, Derek (Edward Norton, impressionante) tenta impedir que seu irmão mais novo, Danny (Edward Furlong) caia nas mesmas mãos do crime. O filme transmite múltiplas mensagens interconexas sobre como se forma o neozismo na sociedade e, sobretudo, na família (veja a cena, na hora do café da manhã, na qual o pai de Derek instila nele o racismo). É um filme importante para uma reflexão sobre avanço da extrema-direita atualmente e seus efeitos deletérios no cenário político. The raw violence of Tony Kaye’s movie mirrors the neonazi ideology, the white supremacy and fraught of rage. After prison, Derek (Edward Norton, outstanding) tries to stop his younger brother, Danny (Edward Furlong) from going down the same road he had done. The movie delievers multiple and intertwining messages about the building of Nazism in a social environment and, most of all, in the family (check the scene in which Derek’s father makes racist-oriented remarks). It is an crucial movie to understand the advance of the far right nowadays and its deletery effects on the political scene. HBO.
domingo, 18 de setembro de 2022
4137 - MEU FILHO (2021)
MEU FILHO (MY SON, UK, França, 2021) – As highlands escocesas são o melhor deste thriller quase de suspense sobre o sequestro do filho de Edmond Murray (James McAvoy) e de Joan (Claire Foy, num papel muito aquém de seu talento). O roteiro é fraco, cheio de pontas soltas e uma narrativa meio óbvia e sem brilho, mesmo com a presença de McAvoy e Claire Foy. The Scotish highlands are the best part of this thriller about the kidnapping of James McAvoy and Claire Foy’s son (both actors do not get th roles they deserve due to their talent). The script is weak and there are so many plot threads among a lazy narrative, despite the McAvoy and Foy’s presence. Amazon Prime.
quarta-feira, 14 de setembro de 2022
4136 - JEAN-LUC GODARD (1930 - 2022)
JEAN-LUC GODARD – Ontem, aos 91 anos, encerrou-se uma era, não apenas de uma certa tradição do cinema de autor, mas também como um veículo de extravasamento existencial e tradução histórica. Godard também foi responsável por uma abordagem diretorial cuja característica mais marcante era a exploração profunda do som e da imagem, inserindo na sua narrativa os famosos jump-cuts, cortes na edição do filme removendo parte de uma tomada, gerando dois planos e uma transição bruscas entre eles (vejam isso em ACOSSADO, na sequência em que Jean Seberg conversa com Belmondo num carro conversível). Godard redefiniu nosso entendimento do cinema como uma forma de arte e prática cultural, transformando a forma como nos vemos no mundo. Um gênio capaz de transformar produções de baixo orçamento em clássicos eternos e, sobretudo, inesquecíveis. Yesterday, at 91, marked the end of na era, not only of a certain modernist tradition of auteur cinema, but also of a cinema as a primary vehicle for existential release and historical translation. Godard is also responsible for a directorial approach whose most striking characteristic is the deep exploitation of sound and image, inserting in his screen narratives the famous jump-cuts, edition cuts that remove part of a take, generating two movie planes and a sudden transition between them (check BREATHLESS, in the sequence of Jean Seberg and Belmondo in a convertible). Godard redefined our understanding of cinema as an art form and cultural practice, transforming the way we see ourselves in the world. A genius who was able to trasnform low-budget productions into eternal and, above all, unforgettable classics.
4135 - UMA LIVRARIA EM PARIS (2021)
UMA LIVRARIA EM PARIS (Il materiale emotivo, Itália, França, USA, 2021) – Um livreiro (Sergio Castellitto) mora com sua filha paraplégica (Matilda de Angelis) numa pequena livraria em Paris e se apaixona por uma atriz (Bérénice Bejo). A história original de Ettore Scola talvez tivesse sido mais bem trabalhada se o mestre italiano a dirigisse, e aqui fica uma sensação de incompletude, como se o filme não se resolvesse nos seus noventa minutos. Um probleminha na escalação do elenco: Bérénice Bejo está em outro circuito dramático e não tem química com o excelente Castellitto, também diretor aqui. Não chega a ser um desastre, mas poderia ter sido bem melhor. A librarian lives with his disable daughter in his Parisian bookstore and falls in love with an actress (Bérénice Bejo). The original story by Ettore Scola maybe best elaborated had the Italian master directed it, and here we sense that something is not complete in its 90 minutes. A minor problem with the casting: Bérénice Bejo is far from the movie atmosphere and has no chemistry with Castellitto, who also directs here. It is not a disaster, but it could have been much better.
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
4134 - MEDIDA PROVISÓRIA (2022)
MEDIDA PROVISÓRIA (Brasil, 2022) – A estreia na direção de Lázaro Ramos resultou num filme bem-intencionado, mas que peca na produção e, principalmente, na fraca atuação do elenco. A história se passa um Brasil futurista, mas não muito distante, onde uma lei deu direito à cidadãos de melanina acentuada (agora o termo “negro” foi alterado para outro) de ganharem um ressarcimento do governo como reparação histórica aos 400 anos de escravidão. A lei aprovada inicialmente era uma compensação financeira, que rapidamente o governo altera para outra forma de “reparação”: enviar todos os cidadãos não-brancos para o continente africano, primeiro à escolha, depois à força. Lázaro Ramos’ directorial debut is a well-meaning but poor movie, mainly because of the weak cast. The story is in Brazil, in the future, where black citizens are going to have a reward for 400 years of slavery. The act was initially financial but it was changed to another form of atonement: send all non-white citizens back to Africa, at will or by the force of the law.
4133 - AGENTE OCULTO (2022)
AGENTE OCULTO (THE GRAY MAN, USA, 2022) – Two solid hours of empty content is what's on offer here, with nothing but cliché thrillers and feeble action. the Russo brothers’ movie has its appeal, but it is mostly a collection of tired spy characters, directed in a muddled and baffling way, that seemingly exists to set up what seems like will be a fairly unimaginative franchise. The dialogues were unoriginal and boring and didn't excite at all. The only grace was seeing Ana de Armas on screen. Despite being a big-budget film, nothing works properly and what remains is only deception, with neither a strong screenplay nor an efficient setup. Netflix.
terça-feira, 6 de setembro de 2022
4132 - IMPÉRIO DOS SONHOS - A HISTÓRIA DA TRILOGIA DE STAR WARS (2004)
IMPÉRIO DOS SONHOS – A HISTÓRIA DA TRILOGIA DE STAR WARS (EMPIRE OF DREAMS: THE STORY OF THE STAR WARS TRILOGY, USA, 2004) – Excepcional documentário sobre a saga criada e realizada por George Lucas, com excelentes entrevistas com o elenco e a equipe de produção. Apesar de evitar qualquer dissenção entre os atores (a famoso desentendimento entre David Prowse e George Lucas não aparece), EOD contém cenas inéditas de todos os três primeiros filmes e oferece um entendimento completo do universo concebido por Lucas. Imperdível. Outstanding documentary that chronicles the making of the original STAR WARS trilogy by George Lucas, from start to finish, with excellent interviews with the cast and the production crew. Albeit avoiding any serious dissent among the actors (the famous fight between David Prowse and George Lucas in not shown), EOD contains quite a few never before seen outtakes from all the movies and displays a throughout understanding of the universe conceived by Lucas. Unmissable. Disney Plus.
segunda-feira, 5 de setembro de 2022
4131 - HOMEM-ARANHA SEM VOLTA PARA CASA (2021)
HOMEM-ARANHA SEM VOLTA PARA CASA (SPIDER-MAN NO WAY HOME, USA, 2021) – Assim como aconteceu com os filmes anteriores, HASVPC poderia ter sido muito melhor. O conceito do script, trazendo vilões e outros Homens-Aranha de universos alternativos, criando um multiverso no qual passado e presente se encontram é fantástico, mas o resultado é frustrante. Tom Holland é um bom ator, porém não dá ao personagem uma evolução compatível com seu amadurecimento. As subtramas são irrelevantes, e os CGIs se perdem em sequências noturnas cansativas. Continuo achando Tobey Maguire o melhor Homem-Aranha (o primeiro filme, dirigido por Sam Raimi é primoroso), e Andrew Garfield parece pouco à vontade entre teias e saltos. As in the previous movies, SMNWH could have been so much better. The concept of bringing villains and other Spidermen from alternate universes is fantastic, but the result is frustrating. Tom Holland is a good actor, however he does not give the character a compatible evolution with his maturity. The subplots are irrelevant, and the CGIs are lost in tiring night sequences. I still thing Tobey Maguire the best Spiderman (his first movie, directed by Sam Raimi, is outstanding), and Andrew Garfield seems uncomfortable between webs and jumps. HBO.
4130 - OBI WAN KENOBI - 6 EPISÓDIOS (2022)
OBI WAN KENOBI – 6 EPISÓDIOS (USA, 2022) – Os dois primeiros episódios são fracos, mas a história ganha sustentação com a definição da missão de Ben Kenobi: levar a princesa Leia, de 10 anos, de volta à sua família. Esse aspecto faz um paralelo com a linha narrativa de MANDALORIAN, onde a conexão entre Din Djarin e Grogu era irresistível para o espectador. Ewan McGregor está perfeito como Kenobi – vê-se claramente no seu olhar a busca por justiça e equilíbrio na galáxia, além da ligação profunda com Leia (a adorável Vivien Lyra Blair). Os CGIs quase derrapam em algumas cenas (coisa que não acontecia em MANDALORIAN), mas o resultado final é satisfatório. Talvez a ausência de Jon Favreau na liderança do projeto explique a disrupção na Força. The first two episodes are weak, but the story goes to another level with Ben Kenobi’s mission: take 10-year-old Princess Leia back to her family. this approach makes a paralel to the MANDALORIAN’s narrative line, with the irresistible conection between Din Djarin and Grogu. Ewan McGregor is perfect as Kenobi – the search for justice and balance in the galaxy is clear in his eyes, besides the deep link with Leia (the adorable Vivien Lyra Blair). The CGIs are uneven (which did not happen in THE MANDALORIAN), but the outcome is more than satisfactory. Jon Favreau’s absence in the project may explain the disruption in the Force. Disney Plus.
domingo, 4 de setembro de 2022
4129 - A ILHA (2005)
O olhar de Scarlett
A ILHA (THE ISLAND, USA 2005) – Scarlett Johansson é
obrigatória. Neste filme de Michael Bay (ARMAGEDDON e TRANSFORMERS), ela e Ewan
McGregor fogem de uma instalação chefiada por Sean Bean, de onde saem clones encomendados
pela elite rica de um mundo distópico, visando à vida eterna. Este é um filme
subestimado, talvez por causa da assinatura de Bay, cujos trabalhos não se
caracterizam necessariamente pelas propostas mais sérias, como é o caso aqui. O
roteiro mistura 1984, de Orwell, com referências à ILHA DO DR. MOREAU, além de propor
uma reflexão crítica sobre a manipulação e a injusta divisão de classes, sempre
privilegiando os detentores do poder. Destaque para McGregor e Steve Buscemi,
este último num papel fundamental para a trama. E, claro, há Scarlett, o
principal motivo para assistir ao filme. Scarlett Johansson is obligatory. In this
Michael Bay’s movie, she and Ewan McGregor escape from a facility headed by Sean
Bean, where clones ordered by rich people who wish eternal life. This is an
underrated movie, maybe because of Bay’s signature – his previous works are not
necessarily known for being serious, and this is not the case here. The script
puts together Orwell’s 1984, with references to THE ISLAND OF DR. MOREAU, and
proposes a critical reflexion about manipulation and the unfair class division,
always favoring the holders of power. Highlight to McGregor and Steve Buscemi,
the latter in a pivotal role in the plot. And, of course, there is Scarlett,
the main reason to watch the movie. HBO.
sábado, 3 de setembro de 2022
4128 - GREMLINS (1984)
GREMLINS (USA, 1984) – Clássico dos clássicos dos anos 80, o filme de Joe Dante (com produção executiva de Spielberg) é uma versão dark de E.T., um conto de Natal sombrio, apesar da abordagem cômica misturando terror e comédia na figura dos pequenos, mas insopitáveis, Gremlins. Sem CGI na época, os animatronics criam uma atmosfera surreal totalmente favorável à apreciação do gênero. De certa forma, as criaturas podem ser interpretadas como uma ácida crítica ao mundo capitalista – ele existem apenas para rir dos humanos e destruir a propriedade privada. Ultimate classic of the 80s, Joe Dante’s movie (Spielberg is the executive producer) is a dark version of E.T., a somber Christmas tale, despite the comical approach, blending horror and comedy in equal parts. Without CGI at the time, the animatronics create a surreal atmosphere is totally favorable to the genre. In a way, the creatures may represent an cerbic criticism to the capitalist world – they exist only to have fun at the expense of human life and to destroy private property. Netflix.
4127 - ESTRANHA OBSESSÃO (2011)
Kristin Scott Thomas e Ethan Hawke
ESTRANHA OBSESSÃO (THE WOMAN IN THE FIFTH, UK, Poland, 2011) – Ir a Paris e se apaixonar
por Kristin Scott Thomas é um sonho de muita gente sensata. Ethan Hawke teve
essa felicidade neste filme, no qual ele tenta recuperar o amor da ex-mulher e
da filha. O começo é bem mais interessante, mas o final aberto pode desagradar quem prefere narrativas mais lineares. De certa forma, o filme mostra um
submundo de Paris pouco mostrado, onde o estrangeiro pode ficar completamente
perdido e sem esperança. A menos que Kristin Scott Thomas apareça e mude tudo. To go to Paris and fall in love with
Kristin Scott Thomas is a sensible people’s dream. Ethan Hawke has this kind of
heavenly experience in this movie, in which he tries to put his life together and
win bck the love of his stranged wife and daughter. The beginning of the movie
is interesting, but the inconclusive ending may displease those who prefer more
linear narratives. In a way, the movie displays some of Paris bas fond, where
people from other countries may be completely lost and hopeless. Unless Kristin
Scott Thomas shows up and change everything. Amazon Prime.