(THE HOBBIT, New Zealand, USA 2012) - Assim como Tolkien faz nos seus livros, gastando páginas e páginas para descrever um única cena, o filme de Peter Jackson também é, de certa forma, um vasto preâmbulo para mostrar o universo da Terra Média, muito antes de O SENHOR DOS ANÉIS. No fim, tudo ficou um pouco confuso, como um desfile de carnaval que tentasse impor ao espectador um resumo de, digamos, dez anos de enredo de uma escola de samba. O excesso de CGI também me cansou. Um dos acertos foi a escalação de Martin Freeman para o papel de Bilbo - Freeman leva ao extremo a arte britânica de se evadir de situações desagradáveis, mediante polidas hesitações, além de preencher com graça um personagem difícil, mais ladino e bem menos altruísta do que Frodo.