(TOY STORY 3, USA 2010) - Mais uma obra-prima da Pixar, o filme desenvolve de maneira comovente - e às vezes assustadora - uma dúvida dos primeiros filmes: que destino têm os brinquedos quando seus donos crescem? A Pixar não não só se mantém magistral nos aspectos técnicos da animação digital, da qual foi pioneira, mas também nos fundamentos do bom cinema: um excelente roteiro e grandes personagens. TOY STORY 3 não repisa ideias dos filmes anteriores, mas sim as desenvolve até suas consequências extremas, como a cena aterrorizante dos brinquedos no lixão, em direção ao incinerador e o alívio humorístico de um curioso deus ex machina. O encanto da série talvez esteja em grande parte nessa visão nostálgica, talvez ingênua, mas muito sensível de uma infância que acho que não existe mais hoje em dia. Neste terceiro filme, os brinquedos precisam escapar da aniquilação, depois de adquirirem a consciência de que são precários. De certa forma, o filme nos leva a pensar sobre a aceitação das transições da vida