terça-feira, 4 de julho de 2017

2975 - OKJA

    
Okja e Mikha
 OKJA (USA, COREA, 2017) - Mikha (a encantadora Seo-Hyun Ahn) era bebê, Okja era um filhote, e as duas cresceram juntas. Depois de 10 anos, Okja pesa bem umas quatro toneladas de doçura e lealdade. Só que a criatura em questão é um um superporco – uma linhagem nascida da modificação genética que se desenvolve nos laboratórios sinistros (medonhos, na verdade) da Mirando, uma gigante do setor agropecuário, algo assim como uma JBS, para um paralelo mais preciso. Okja e outros 25 filhotes de superporco foram distribuídos entre fazendeiros de 26 diferentes países. Passada uma década, a Mirando quer retomar os animais para seus propósitos. Mikha não se conforma e parte atrás de Okja, numa sequência de situações na qual o diretor coreano Joon-Ho Bong (do ótimo O HOSPEDEIRO e EXPRESSO DO AMANHÃ) intensifica a crítica à voracidade do capitalismo, à despreocupação ambiental, aos maus tratos com os animais, assuntos indigestos que são magistralmente abordados num filme de primeira linha, mostrando excelência em tudo, principalmente nos efeitos visuais que beiram a perfeição.