terça-feira, 18 de julho de 2017

2984 - INFERNO

   
Tom Hanks e Felicity Jones
 INFERNO (INFERNO, USA 2016) – Sem o impulso da polêmica de O CÓDIGO DA VINCI, esta obra de Dan Brown adaptada para o cinema, traz, de novo, Tom Hanks, como o simbologista/detetive Robert Langdon, que tem uma conspiração pela frente para desvendar. A aventura intermediária anterior, ANJOS E DEMÔNIOS, não causou qualquer reboliço. Desta forma, esperava-se que INFERNO repetisse o sucesso (meio relativo, vá la) do primeiro filme. Só que não foi assim. O roteiro agora envolve uma ameaça biológica, tema bem afeito à paranoia atual em relação à segurança. Envolve, também, códigos cifrados cheios de referências religiosas e medievais (especificamente ao Inferno, a primeira seção da Divina Comédia do poeta florentino Dante Alighieri, morto em 1321), porque se não fosse assim Langdon não teria o que fazer no meio dessa história toda. Sim, porque tirante estas referências histórico-literárias, Jason Bourne poderia muito bem ser o protagonista, já que perseguições e belíssimas locações pela Europa é que não faltam. A direção do competente Ron Howard derrapa ao dar instruções quase didáticas sobre a trama. No elenco, a graciosa Felicity Jones acompanha Hanks por quase todo o périplo, Omar Sy meio sem jeito na pele de um policial e o sempre competente Ben Foster. Falta ao filme uma necessária tensão dramática. É totalmente dispensável o desfecho que, por sinal, não é o mesmo do livro.