Egos em confronto |
CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL (CAPTAIN AMERICA:
CIVIL WAR, USA, 2016) – Revendo agora, o filme dos irmãos
Anthony e Joe Russo se mostra menos irregular do que me pareceu da primeira vez.
Talvez porque a questão da amizade tenha se sobressaído mais intensamente para
mim neste momento. Se o Homem de Ferro e o Capitão América, mais do que amigos, são irmãos
(a persona heroica de Steve Rogers foi, em parte, criação do pai de Tony), a refrega
que os leva à discórdia, de certo modo, extrapola os laços fraternos para se
fundamentar em preceitos éticos que resultarão em desentendimentos gigantescos.
No entanto, percebe-se que a relação fraternal do duo principal assume,
em momentos de radicalismo, características indestrutíveis, como o ego (ou superego)
dos super-heróis. Watching for the second time, the movie directed by Anthony and Joe
Russo seems to be less irregular than it did when I saw it for the first time. Maybe
because the friendship issue has become more appealing to me now. If Iron Man
and Captain America, more than friends, are brothers (the heroic persona of Steve
Rogers was, in part, a creation of Tony’s father), the quarrel that leads them
to disagreement, in a way, exceeds the fraternal liaisons to set roots in ethical
precepts that turn out in mammoth disagreements. However, it is clear that the
duo’s fraternal relationship incorporates, during radical times, indestructible
traits, like the super-heroes’ ego (or superego).