sábado, 15 de fevereiro de 2020

3404 - JOJO RABBIT

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Scarlett, sempre...

      JOJO RABBIT (Nova Zelândia, República Tcheca, USA, 2019) – Não bastasse a presença de Scarlett, o que torna tudo referente a ela uma obrigação e um prazer, o filme do neozelandês Taika Waititi é primoroso, em todos os sentidos. Na sua ousada – e bem-sucedida - combinação de comédia e Holocausto, o filme tem uma proposta escrachada que, no fim, acaba sendo bem mais impactante do que o drama. Há muito ali da perda da inocência, da incapacidade de entender as perdas (nem eu as entendo, putz!) e do horror nazista exposto saudavelmente ao ridículo. O filmaço de Waititi também é, sobretudo, uma rara oportunidade de sentir que, se a verdade é a primeira coisa que morre numa guerra, a esperança, inexoravelmente, pode ser a única que nos pode restar com vida. It is not enough to say that any movie Scarlett is in is an obligation and a pleasure – Taika Waititi’s JOJO RABBIT is an exquisite gold chalice, in all senses. In his bound and successful combination of comedy and Holocaust, the movie has a cracked proposal that, in the end, turns out to be much more shocking than drama. There is a lot of loss of innocence, of the inability of understanding losses (I do not understand them myself, gosh!), of the Nazi horror healthily subjected to scorn. Waititi’s movie is, moreover, a rare opportunity to feel that, if truth is the first thing to die in a war, hope, inexorably, maybe the last to survive.