Scarlett, sempre... |
JOJO RABBIT (Nova Zelândia, República
Tcheca, USA, 2019) – Não bastasse
a presença de Scarlett, o que torna tudo referente a ela uma obrigação e um
prazer, o filme do neozelandês Taika
Waititi é primoroso, em todos os sentidos. Na sua ousada – e bem-sucedida -
combinação de comédia e Holocausto, o filme tem uma proposta escrachada que, no
fim, acaba sendo bem mais impactante do que o drama. Há muito ali da perda da
inocência, da incapacidade de entender as perdas (nem eu as entendo, putz!) e do
horror nazista exposto saudavelmente ao ridículo. O filmaço de Waititi também é,
sobretudo, uma rara oportunidade de sentir que, se a verdade é a primeira coisa
que morre numa guerra, a esperança, inexoravelmente, pode ser a única que nos
pode restar com vida. It is not enough to say that any movie Scarlett is
in is an obligation and a pleasure – Taika Waititi’s JOJO RABBIT is an exquisite
gold chalice, in all senses. In his bound and successful combination of comedy
and Holocaust, the movie has a cracked proposal that, in the end, turns out to
be much more shocking than drama. There is a lot of loss of innocence, of the inability
of understanding losses (I do not understand them myself, gosh!), of the Nazi
horror healthily subjected to scorn. Waititi’s movie is, moreover, a rare
opportunity to feel that, if truth is the first thing to die in a war, hope,
inexorably, maybe the last to survive.