Al Pacino, magistral, como sempre |
HUNTERS (USA, 2020) – Al Pacino é obrigatório. Neste seriado da Prime,
ele está mais visceral e emocionante como nunca, na pele do líder de um grupo
de sobreviventes do Holocausto que rastreia criminosos de guerras abrigados nos
EUA, graças a Operação Paperclip, processo de cooptação pelos americanos de cientistas
alemães após a II Guerra. A partir da primeira sequência do episódio um,
primorosa no ritmo e na violência, a atmosfera tarantinesca se apresenta. É uma
série imperdível, principalmente por causa da atual ascensão da extrema direita,
do clima de leniência e mesmo de
encorajamento que hoje beneficia o ódio e o racismo, do ressurgimento do
antissemitismo, da infiltração dos ideólogos do neofascismo nos governos e
instituições, como infelizmente acontece no Brasil. É para lavar a alma. Além disso,
Al Pacino faz tudo valer a pena. Al Pacino is obligatory. In this Prime series, he
is visceral and poignant than ever as the leader of a group of Holocaust survivors
that tracks down criminals of war sheltered in the US, thanks to Operation Paperclip
– a process of cooptation of German scientists after WWII. In the shocking
first violent sequence of the first episode the Tarantino-esque atmosphere can
be felt. It is an unmissable series, mainly because of the present rise of the far
right and the neofascist manifestations among governments and institutions around
the world, especially in Brazil. It is a priceless gift as Al Pacino makes everything
worth seeing.