Robinson, Young e Wells |
O ESTRANHO (THE STRANGER, USA, 1946) – Noir brilhante
(sim, o paradoxo é proposital) sobre um assunto pouco explorado pelo cinema americano
e que, no momento, me interessa sobremaneira: a caça a nazistas fugidos da WW2.
Orson Wells (que também dirige) é um desses criminosos que passaram a viver uma
vida de cidadão de bem numa cidadezinha no interior dos EUA, está prestes a casar
com a filha de um juiz (Loretta Young, só focalizada pelo lado esquerdo, por se
achar – paradoxalmente também – velha para o papel), mas é descoberto por um
detetive (Edward G. Robinson, maravilhoso, numa atuação meio cínica, quase blasé).
Wells não está bem no papel, embora se esforce para dar dignidade ao personagem.
Esse, inclusive, é o filme de que ele menos gostava. Tudo considerado, o filme é
mesmo de Robinson. TC Cult. Bright noir (yes, the paradox is intended) about a not
so commonly explored theme in the American cinematography: the Nazi hunting
after WW2. Orson Wells (who also directs) is one of these infamous criminals
who now live a common life in a small American town and is about to marry a judge’s
daughter (Loretta Young, not so young), but is spotted by a detective (Edward G.
Robinson, wonderfully cynical, almost blasé). Wells is not fitted for the role,
no matter how matter he tries to inject dignity to the character. Besides, this
is his least favorite movie. All in all, Robinson steals the movie. TC Cult.