sábado, 18 de julho de 2020

3527 - ELA (2013)

Blunt Reviews Presents: Her (2014) | Adam Lester.
o retrato da solidão
       ELA (HER, USA, 2013) – Este é um filme perfeito. Theodore (Joaquin Phoenix) é um solitário, num mundo tecnológico transido de elementos retrôs, que se apaixona pela voz do sistema operacional de seu computador. E não é qualquer voz: é Scarlett Johansson, mais presente e mesmerizante do que nunca. Spike Jonze nos leva a refletir sobre o que dizia Einstein sobre os riscos de desumanização da ciência: “É assustadoramente óbvio que nossa tecnologia ultrapassou nossa humanidade”. Por outro lado, nos faz lembrar de Artur C. Clarke: “qualquer avanço tecnológico não se distingue da mágica”.  O sempre complicado processo afetivo é exposto de maneira sutil e sensível, ao apresentar a possibilidade amorosa independente da presença física, mas eivada pelo fantasma do abandono e da armadilha da ilusão de posse. É um filme perfeito, pela história, pela originalidade da abordagem e, além de tudo, por Scarlett e sua impressionante capacidade de estar presente na mais absoluta ausência. This is a perfect movie. Theodore (Joaquin Phoenix) is a lonely man in a technological world fraught with retro elements, who falls in love with the voice of the OS of his PC. Nevertheless, it is not any voice: it is Scarlett’s, more present and mesmerizing than ever. Spike Jonze makes us think of Einstein’s words about the risks of science dehumanization: “It has become appalling obvious that our technology has exceeded our humanity”. On the other hand, he reminds us of Arthur C. Clarke: “Any sufficiently advanced technology is indistinguishable from magic”. The always-intricate loving process is displayed in a subtle and sensitive manner when it shows love possibilities independent of physical presence, but still trespassed the phantom of abandon and of the illusory possession trap. It is a perfect movie – because of the original story and, above all, because of Scarlett and her impressing capacity for being present in the most absolute absence.