A linda (e põe linda nisso) Charlize Theron |
JOVENS ADULTOS (YOUNG ADULT, USA, 2011) – Este é um filme sobre como lidar (ou não lidar) com as frustrações. Uma escritora, Mavis (Charlize Theron, avassaladora), volta à sua cidade natal, para tentar reacender o romance com seu ex-namorado, Buddy (Patrick Wilson), sem se importar com seu casamento com Beth (Elizabeth Reaser) e sua filha recém-nascida. Negando a situação, ela faz tudo para reconquistar Buddy, enquanto desenvolve uma amizade inesperada com Matt (Patton Oswalt, magnífico, aqui.). Pela carreira, Charlize já mereceria um Oscar – neste filme, como em todos nos quais ela está, ela atua com absoluta convicção, sem se poupar em nada, e faz de Mavis uma personagem egocêntrica, fútil, narcisista, mas também fascinante na sua insistência em se manter infantil diante das frustrações. Ela se acha incrivelmente especial, mas injustiçada por uma vida incapaz de reconhecer tamanha especialidade. Com o roteiro de Diablo Cody, o filme de Jason Reitman pode incomodar quem não aceita os limites naturais da existência, aqueles mesmos limites responsáveis pela dimensão que temos, ou não, de nós mesmos. Deveria ser analisado nas escolas. This is a movie about how to cope (or not to cope) with frustration. A fiction writer, Mavis (Charlize Theron, overwhelming) returns to her home town, looking to rekindle a romance with her ex-boyfriend, Buddy (Patrick Wilson), despite the fact that he is now married and has a newborn daughter. Denying the situation, she does everything to win him back again, while she develops an unexpected friendship with Matt (Patton Oswalt, magnificent here). If there is justice, Charlize would have been awarded with the Oscar: in this movie, as in any other she is in, Charlize performs with absolute conviction, not sparing herself, and makes her Mavis an egocentric, narcissist, futile character, but also fascinating in her insistence on keeping a childish behavior in face of frustrations. She thinks she is incredibly special and that life has been unfair to her. With script by Diablo Cody, Jason Reitman’s movie may be uncomfortable to those who cannot accept the natural boundaries of life, those same boundaries that shape the dimension we have (or don’t have) of ourselves. The movie should be analized at schools. Mubi.