quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

3223 - OPERAÇÃO VALQUÍRIA

   
OPERAÇÃO VALQUÍRIA (VALKYRIE, USA, 2008) – O filme retrata o plano de alguns oficiais alemães para assassinar Hitler e, assim, tentar salva a Alemanha da derrota iminente. Tom Crusie interpreta o coronel Claus von Stauffenberg, recrutado para executar o plano que, devido a uma série de eventos inesperados, acaba em uma tragédia que ainda iria prolongar a que estava em curso na Europa. The movie pictures some Nazi officials’ plan to kill Hitler and, thus, save Germany from the unavoidable defeat. Tom Cruise plays the colonel Claus von Stauffenberg, recruited to mastermind the plan that, due to a series of unexpected events, backfires and ends up in a tragedy that will prolong the one in course in Europe.  

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

3222 - AGNES DE DEUS

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  AGNES DE DEUS (AGNES OF GOD, USA, 1985) – Quando uma noviça (Meg Tilly) é descoberta com um recém-nascido morto em seu quarto no convento, uma psiquiatra (Jane Fonda) é designada pela justiça para investigar o caso. A direção de Norman Jewison mantém a marcação da peça na qual o filme se baseia. O grande destaque são as atuações de Jane Fonda, Anne Bancroft e de Meg Tilly, em três papéis à altura do talento destas três atrizes. O roteiro serve de base para uma discussão sobre a fé religiosa e o ateísmo. When a novice (Meg Tilly) is found with a dead newborn in her bedroom, at a convent, a court-appointed psychiatrist (Jane Fonda) investigates the case. Norman Jewish ’s direction keeps the theatrical settings of the play on which the film is based. The high points are Jane Fonda’s, Anne Bancroft’s and Meg Tilly’s performances, all up to the talent of these actresses. The plot can be used as the basis of a discussion about religious faith and atheism. 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

3221 - NASCE UMA ESTRELA

  
   NASCE UMA ESTRELA (A STAR IS BORN, USA, 2018) – Bradley Cooper estreia na direção com um trabalho competente, apenas isso. Para compensar, entrega uma atuação muito boa como o músico consumido pelo álcool, atormentado, mas com um coração de ouro e que logo se apaixona por Ally, uma cantora e compositora em ascenção vivida viseralmente por Lady Gaga. A história, em diversos momentos, derrapa para o melodrama fácil. Porém, as faíscas de verdade dos olhos dos dois protagonistas seguram a onda da pieguice e mantêm o interesse até o fim. E, além do mais, como já é consabido, Lady Gaga é uma das maiores cantoras do mundo. O cinema pode ser uma outra possibilidade para seu enorme talento. Bradley Cooper premieres his first work as a director with just a qualified work. To compensate this, he delivers a top-notch performance as a musician consumed by alchoolism, devasted, but with a golden heart. He falls in love with Ally, a rising singer/songwriter,  viscerally played by Lady Gaga. The story oftens slides to an easy melodrama, with some sequences marked by exaggerated emotions, expected twists, stereotypical situations, and interpersonal conflicts. However, sparkles of truth give off from the mains characters’ eyes and this keeps the interest until the end. Besides, Lady Gaga is one of the most complete singers in the world. The movies might be another path for her huge talent.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

3220 - ROMA

   
  ROMA (MÉXICO, USA, 2018) – o efeito pictórico da fotografia em preto e branco é tão magnífico, que inebria – a imensa e precisa profundidade de foco (o segundo plano é tão nítido quanto o que se mostra em primeiro), marcando magistralmente as cisões existenciais que todos experimentamos: o que está na frente é a parte objetiva da narrativa; o que está atrás, a subjetiva. E as memórias do diretor Alfonso Cuarón, de Gravidade, vão brotando na tela, reconstruindo um ano, entre 1970 e 1971, crucial na sua infância, nos eventos do seu México natal e na vida de Cleo (a impressionante Yalitza Aparicio), empregada da família. Não há como negar a atmosfera semelhante ao mesmo período no Brasil. De alguma forma, Cuarón nos transporta à infância, pela forma como, durante o filme, passamos a observar os acontecimentos, sem entender muito bem o que se passa, como as próprias crianças da casa onde Cleo trabalha. É uma tensão inexplicada e, como tudo que independe da razão, emociona como se fosse a primeira vez. Cuarón faz um cinema de primeira qualidade, imprimindo em seus filmes a perenidade e o encanto próprios das obras-primas. The pictorial effect of the black and white photography is so magnificent that inebriates – the huge and precise focus depth (the background mode is as outlined as front one), which marks masterfully the existential disjuncture we all experience: what is in front is the objective part of the narrative; what is behind, the subjective one. And the memories of Alfonso Cuarón thrive on the screen, rebuilding one year between 1970 and 197, crucial in his childhood, during the events in Mexico, his homeland, and in the life of Cleo (the impressing Yalitza Aparicio), the family maid. The resemblance with the atmosphere in Brazil, during the same era, is undeniable. Somehow, Cuarón brings us back to our own childhood, making us feel like the children of the story: incapable to understand what is going on around them. It is an unexplained tension and like everything that does not depend on reason touches in an unprecedented way. Cuaron's works are top-notched and true masterpieces.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

3219 - VICE

       
VICE (VICE, USA, 2018) – Christian Bale, mais uma vez, arrasa na caracterização de um personagem, como fez em O MAQUINISTA e em O LUTADOR. Além de excelente ator, é capaz de passar por transformações físicas impressionantes. Aqui, ele é Dick Cheney, um vice-presidente que agia nos bastidores, não tinha qualquer carisma e nunca chamava atenção para si, concentrando o poder em níveis extraordinários. Bale realmente arrasa, assim como Sam Rockwell no papel de Bush. Amy Adams está magnífica, como esposa de Chaney e o verdadeiro motor de sua recuperação existencial. Mas quem também merece todo o destaque é Steve Carell, esfuziante como Donald Rumsfeld, mentor de Cheney e, depois, seu ministro da Defesa. Christian Bale, once more, rocks with another characterization, as he did in THE MACHINIST and THE FIGHTER. Besides being an outstanding actor, he is able to go through impressive physical changes. Here, he is Dick Cheney, a vice-president who acted behind the scenes, did not have any charisma and never called any attention, concentrating power at extraordinary levels. Bale rocks, as does Sam Rockwell in the role of Bush. Amy Adams is magnificent as Cheney’s wife and the true motor behind his existential recovery. But who also deserves the spotlight is Steve Carell, dazzling as Donald Rumsfeld, Cheney’s mentor and, afterwards, his Secretary of Defense.    

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

3218 - CULPA

      
CULPA (DEN SKYLDIGE, Dinamarca, 2018) – Concentrado no rosto do excepcional ator Jakob Cedergren, confinado num centro de atendimento de emergência, e fazendo uso de uma exímia edição de som, o filme de estreia do diretor Gustav Möller deixa o espectador grudado na tela. Asger Holm (Cedergren) atende a uma ligação: uma mulher balbuciando na linha, como se estivesse falando com a filha pequena, dá a entender que foi sequestrada. A partir daí, o filme se mostra magistral – com praticamente só um ator em cena, num único cenário, CULPA vai preenchendo a nossa imaginação e, de alguma forma, nos fazendo tentar prever o imprevisível, como se constata na mesmerizante cena final. Platão adoraria. O filme é um estudo sobre as decisões precipitadas que fazemos, na maioria das vezes tisnadas por uma percepção mal concebida da realidade, principalmente por nossa incapacidade de prestar atenção no outro e, por conseguinte, em nós mesmos. Um grande ator, um enredo extraordinário, um diretor competente, uma produção coerente e coesa – tudo isso faz de CULPA uma obra de arte digna do cinema escandinavo que, em alguma medida, se aproxima em qualidade do argentino, e confirma, por cotejo, a mediocridade do cinema brasileiro atual. Focused on the face of the great actor Jakob Cedergren, confined in an emergency call center, and making use of a dexterous sound editing, the first movie of Gustav Möller leaves the viewer glued to the screen. Asger Holm (Cedergren) picks up a call: a woman stammering on the other side of the line, as she was talking to her little daughter, makes him believe that she is being kidnapped. From this point on, the movie becomes masterful – with only one actor in the scene, a sole scenario, THE GUILTY fulfills our imagination and, somehow, makes us try to preview the unpredictable, as we can verify in the final scene. Plato would love it! The movie is a study on hasty decisions we make, most of the times clouded by poor perception of reality, mainly because we haven’t learned to pay attention to the others and, therefore, to ourselves. A great actor, an extraordinary plot, a competent director and a coherent production – the result is a masterpiece worthy of the Scandinavian cinema that, to a certain extent, equals to the Argentinean, and confirms the mediocrity of today’s Brazilian movies.   

domingo, 17 de fevereiro de 2019

3217 - JOGADOR NÚMERO 1

1.    
  JOGADOR NÚMERO 2 (READY PLAYER ONE, USA, 2018) Spielberg volta à ficção científica, desde A GUERRA DOS MUNDOS, de 2005, explorando um tema mais do que atual – a discussão sobre como a experiência virtual se sobrepõe à vida real, chegando ao ponto de substituí-la. Em 2045, o mundo está tão decadente, que a maior parte da humanidade prefere passar seu tempo no OASIS, um jogo feito de incontáveis ambientes virtuais hiper-realistas. Neste contexto, o espectador também se diverte diante de um paraíso de “Easter eggs” e referências ao universo pop que o cinema ajudou a eternizar. Spielberg nos coloca que, por mais que as experiências virtuais sejam fascinantes, o melhor, ainda, é viver a vida, platonicamente, fora da caverna. Spielberg is back to the sci-fi genre, since THE WAR OF THE WORLDS (2005), exploring an updated theme – the discussion about how the virtual experience supersedes the actual one, almost replacing it. In 2045, the world is so decaying, that most part of mankind prefers to pass time in the OASIS, a game composed of several hyper-realist virtual environments. In this context, the viewers also have fun in a paradise of Easter eggs and references to the pop universe immortalized by the movies. Spielberg shows us that more fascinating the virtual experiences might be, the best is still to live outside the cavern.      

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

3216 - O ARTISTA DO DESASTRE

     
 O ARTISTA DO DESASTRE (THE DISASTER ARTIST, USA, 2017) James Franco recria a odisseia meio amalucada – embora, em alguns momentos, palatável – de Tommy Wiseau, um ator/cineasta que construiu sua fama por ser muito ruim. Poder-se-ia traçar um paralelo com o brilhante ED WOOD, de Tim Burton, mas Wiseau é um personagem real que pouco tem de sonhador e visionário, além de da imensa e incontrolável vaidade. No entanto, sua história se encaixa na eletricidade de Los Angeles, uma cidade, convenhamos, capaz de produzir personalidades bem piores. James Franco recreates the crazy odyssey – with some good moment, tough – of Tommy Wiseau, an actor/director who became famous for being very bad. It is possible to compare to Tim Burton’s ED WOOD, but Wiseau is a real character much more vain than visionary. However, his story fits perfectly into an electric Los Angeles – a city that can produce much worse personalities.  
  

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

3215 - EU, TONYA

    
1. EU, TONYA (I, TONYA, USA, 2017) – Em 1994, a patinadoraTonya Harding teve seu nome ligado a um escândalo: alguém da equipe dela desferiu um golpe na perna da sua principal adversária no gelo, Nancy Kerrigan, e quase conseguiu tirá-la da Olimpíada de inverno daquele ano. A partir daí, sua vida, problemática desde a infância, se tornou uma polêmica só, que o diretor australiano Craig Gillespie mostra com contundência e sem meias palavras. O filme, em tom documental, foca na discussão sobre a mobilidade social numa sociedade tão rígida como a americana e na novela sobre o episódio da agressão. Margot Robbie agarra o personagem com talento feroz, e Allison Janney ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante merecidamente pelo papel da mãe abusiva de Tonya. O filme é extravagante, para o bem e para o mal. Você escolhe. In 1994, the ice skater Tonya Harding got involved in a scandal: someone from her staff bashed the leg of her main competitor, Nancy Kerrigan, which almost ruled her out of the Winter Olympics of that year. From then on, Tonya’s life, problematic since childhood, became immensely controversial, and the Australian director Craig Gillespie shows it with forcefulness. The documental-style movie focuses on the issue of social mobility in American rigid society and on the dramatized reports about the aggression. Margot Robbie grabs the role with talent, and Allison Janney deservedly won the Support Actress Oscar as Tonya’s abusive mother. The movie is extravagant, for good and bad. You choose.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

3214 - AMAZONAS NA LUA

  
   AS AMAZONAS NA LUA (AMAZON WOMEN ON THE MOON, USA, 1987) – Lembro bem que foi Joe que me indicou esta maravilha: um filme B, dos anos 50, de ficção científica tenta ser exibido por uma emissora de TV, durante a madrugada, enquanto é interrrompido por esquetes sobre os mais variados assuntos. A proposta totalmente anárquica foi uma novidade à epoca, entremeando vinhetas com paródias diversas, principalmente sobre o universo pop do cinema e da cultura americana, que acabam sendo uma homenagem ao solitário zapeamento noturno que quase todo mundo já fez em algum momento da vida. O roteiro não é perfeito, e é exatamente por isso que é genial, criativo e impactante. E ainda traz Michele Pfeiffer. É humor muito bem feito. Mas, atenção: não é para todos. I remember very well that Joe indicated this gem: a 1950’s B si-fi movie, is shown, in the wee small hours of the morning, while it is interrupted by comic sketches. The proposal is totally anarchic and, at that time, was something new, by doing outrageous spoof ads and references to the pop culture interpersed with this old movie with a lot of projection problems, which turns up to be a homage to the solitary night zapping familiar to almost everyone. The plot is not perfect and this is the reason for it be so creative. And still, there is Michele Pfeiffer... It is well-done humor.  But it is not for everyone.        

sábado, 9 de fevereiro de 2019

3213 - 15H17 - TREM PARA PARIS

         



15h17 – TREM PARA PARIS (THE 15:17 TO PARIS, USA, 2018) – Sou um grande fã de Clint Estwood, como ator e, principalmente, como diretor. Afinal, como não gostar de alguém que fez AS PONTES DE MADISON e GRAN TORINO? Porém, neste TREM PARA PARIS ele perdeu a linha, ao optar pela vertente naturalista radical: quase todos os “atores” do filme são interpretados pelos personagens reais, o que dá a ele uma incômoda alternância entre o mediano e o ruim. Muitas vezes, as “atuações” canhestras e o jeito de reencenação – como a recriação pedestre da infância dos protagonistas – quebram o encanto cinematográfico que sempre esteve presente no trabalho de Eastwood. Resumindo: três americanos, que seguiam de Amsterdã para Paris, são supreendidos, quando um terrorista a bordo tenta massacrar os passageiros da composição com um fuzil AK-47 e quase 300 balas. Spencer Stone, um dos americanos e soldado da Força Aérea, pula sobre ele e o imobiliza, sendo condecorado com uma medalha da Legião de Honra concedida pelo então presidente francês François Hollande e, em casa, pela mais alta comenda militar americana, o Purple Heart. Assim, com SNIPER AMERICANO e SULLY, Eastwood completa trilogia sobre o heroísmo espontâneo de pessoas comuns. Podia ter fechado com chave de ouro. I am a great fan of Clint Eastwood, as an actor and, mainly, as a director. After all, how not to like someone who directed THE BRIDGES OF MADISON COUNTY and GRAN TORINO? However, in this movie, ele seems to have lost track of his previous works, when he chooses to follow a radical naturalist path: almost all “actors” are played by the real characters, which gives the movie an uncomfortable alternation between the medium and below average level of quality. Many times, the awkward preformances and the atmosphere of reenacting – as the clumsy recriation of the characters’ childhood – break the cinematographic enchantment that was always present in Eastwood’s work. Three americans, who were going from Amsterdan to Paris, are surprised when a terrorist tries to massacre the passengers with an AK-47 machine gun. Spencer Stone, one of the americans and an Air Force officer, imobilizes him after a fierce fight. Afterwards, Stone is condecorated with the French Honor Legion medal and the American Purple Heart. Thus, with AMERICAN SNIPER and SULLY, Eastwood completes his trilogy about the spontenous heroism of ordinary people. Anyway, he could have given us a better film. 



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

3212 - JANE FONDA EM CINCO ATOS

 
Henry e Jane
 
JANE FONDA EM CINCO ATOS (JANE FONDA IN FIVE ACTS, USA, 2018) – Excelente documentário sobre a carreira de Jane e sua vida complexa e mercurial. A narrativa cobre seu precário relacionamento com o pai, Henry, bem como com a sua problemática mãe, que acabou se suicidando; seu início na Broadway, os casamentos, seu ativismo político e, em anos mais recentes, seu mergulho no mundo “fitness”, como uma das suas pioneiras. Em alguns trechos, seu depoimento parece manipulativo e encenado para estabelecer empatia, mas, no geral, a produção usou bem o material de que dispunha para mostrar uma mulher corajosa e uma atriz ousada, que nunca teve medo de se mostrar com suas verdades e contradições. Excellent documentary about Jane’s career and complex and mercurial life. The narrative covers her fractured relationship with her father, as well as with her troubled mother, who committed suicide; her early start on Broadway, her marriages, political activism and, in more recent years, her plunge into the fitness world, as one of its pioneers. At times, some scenes seem manipulative and staged for emphatic effect. But, in the end, the production made good use of the available material to show a brave woman and a bound actress, who has never been afraid to show her truths and contradictions.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

3211- NASCE UM MONSTRO

   
 NASCE UM MONSTRO (IT’S ALIVE!, USA, 1974) – Terror trash, com seríssimas restrições orçamentárias, mas com um resultado satisfatório, pois se concentra mais nas causas do nascimento de um bebê mutante, feroz e assassino, e os efeitos deletérios na vida dos pais deste anjinho. Boas cenas de susto se alternam com outras mal editadas e sem originalidade. Ao fim, é uma produção bem decente que explora um gênero cujas raízes remontam a FRANKENSTEIN, com Boris Karloff. Trash low-budget horror movie, with a satisfactory outcome, for it concentrates much more on the causes of the birth of a mutant baby, fierce and killer and on the delectery effects on the little angel’s parents. Good scary scenes alternate with badly edited ones. At the end, it’s a pretty decent production that exploits a genre whose roots are in FRANKENSTEIN, with Boris Karloff.        

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

3210 - UM LAÇO DE AMOR

     
UM LAÇO DE AMOR (GIFTED, USA, 2017) O filme explora, com competência, os aspectos da história de uma garota de sete anos, superdotada, criada pelo tio (Chris Evans, em ótima atuação), cuja irmã e mãe da menina, morreu tragicamente. O roteiro é bem construído, nunca deixando a abordagem cair no sentimentalismo ou nas soluções óbvias. A trama principal gira em torno de qual a forma de educar e agir com uma pessoa que tem um talento excepcional. Outra questão é o “home schooling” e a necessária socialização que a criança só consegue na escola. Mckenna Grace, que interpreta a menina, é mesmo uma graça! The movie exploits competently the aspects of a seven-year-old gifted girl, raised by her uncle (Chris Evans, great), whose sister and the girl’s mother, died tragically. The plot is well concocted, never letting the approach fall into sentimentalism or simple solutions. The main plot is about the education of someone with exceptional talent. Another issue is the home-schooling system and the due socialization that the child can only achieve at school. Mckenna Grace, who plays the girl, is cute!    


domingo, 3 de fevereiro de 2019

3209 - O PROTETOR 2

  
  O PROTETOR 2 (THE EQUALIZER 2, USA, 2018) Para começo de conversa, Denzel Washington é obrigatório. Dito isto, O PROTETOR 2 fica um pouco abaixo do primeiro, que é excelente, mas continua um produto de alta qualidade, principalmente por Denzel Washington, com total domínio de um personagem fascinante. Robert McCall, agente aposentado da CIA, vive para si, na companhia dos livros e numa silenciosa nostalgia que chega a doer de tão intensa. Assim como Logan, ele também dá expediente como motorista de Uber e, nas horas vagas, faz uma limpa na bandidagem local. Que ator! Atenção para a cena em que ele dá uma lição de moral num delinquente depois que saem do elevador, lá pelo meio do filme – é de arrepiar! To start with, Denzel Washington is obligatory! Having said this, THE EQUALIZER 2 is a little bit behind of the first one, which is excellent, but it is still a high-quality product, mainly because of Denzel Washington’s presence and his total command of a fascinating character. Robert McCall, CIA retired agent, lives for himself, in the company of the books and a silent nostalgia, so intense that hurts. Like Logan, he has a part-time job as Uber driver and, in his spare time, cleans the city from the local scoundrels. What an actor! Attention to the scene in which he has a serious talk with a young gentleman after they get off the elevator about halfway through – it’s thrilling!     


sábado, 2 de fevereiro de 2019

3208 - CASEI-ME COM UM MONSTRO DO ESPAÇO SIDERAL

   
 CASEI-ME COM UM MONSTRO DO ESPAÇO SIDERAL (I MARRIED A MOSNTER FROM OUTER SPACE, USA, 1958) – O título é engraçado, praticamente autoexplicativo, embora o filme, dentro de suas limitações, tenha uma proposta séria e pouco original. O fato é que, ao chegarem a Terra, seres alienígenas tomam conta dos corpos humanos. Uma de suas primeiras vítimas é um homem cuja esposa logo se dá conta de que alguma coisa estranha está acontecendo. Sim, é um convite à pilhéria, mas a produção levou tudo a sério, apesar da evidente reprodução da paranoia de OS INVASORES DE CORPOS, lançado dois anos antes. The title is funny, practically self-explanatory, although the movie, in its scope, had a serious and unoriginal approach. The fact is that aliens possess the bodies of humans, after arriving on Earth. One of their first victim is a man whose wife soon realizes that something strange is going on. Yes, it is an irresistible invitation to a comic effect, but the production took it seriously, despite the evident reproduction of the INVASION OF THE BODY SNATCHERS type of paranoia story, released two years before.      

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

3207 - POLAR

  
  POLAR (POLAR, USA, 2019) – Esses filmes que flertam com o absurdo, com uma realidade meio distorcida, no sentido de sublinhar as contradições deste mesmo panorama supostamente real, quando realizados com competência e originalidade, são simplesmente maravilhosos! Foi assim em MANDANDO BALA (SHOOT’EM UP, com o excelente Clive Owen e a bela Monica Bellucci. POLAR vai pela mesma senda – exacerba nas ações, principalmente nas violentas, e costura as sequências com suavidade filosófica, contrapondo-nos a um mosaico de estímulos emoldurado por uma fotografia mesmerizante. Além de tudo, também um grande ator como protagonista: Mads Mikkelsen simplesmente arrasa com um personagem monotônico, porém intenso e impactante, atuando com uma dignidade inquestionável, das cenas de ação e sexo a um prosaico exame de próstata. Sim, o roteiro é simples, mas tudo funciona – belas locações, mulheres mais belas ainda (atenção para a canadense Katheryn Winnick, como Vivian), um vilão caricatural, litragem desmedida de sangue e ação bem coreografada o tempo todo. Tudo o que os recentes filmes com Liam Neeson queriam ser, mas não conseguiram. Ah, e Richard Dreyfuss numa ponta de luxo. Um dos melhores na Netflix. Não perca! Movies that flirt with the absurd, with a distorted reality, in the sense of highlighting the contradictions of this same supposedly actual scenario, when accomplished competently and originally, are simply wonderful! That’s what happened with SHOOT’EM UP, with Clive Owen and the gorgeous Monica Bellucci. POLAR, by the same token, exacerbates the actions, mainly the most violent, and sew up the sequences with philosophical softness, counter to a mosaic of stimulus framed by a mesmerizing photography. Besides, a great actor in the leading role: Madds Mikkelsen simply excels with an intense monotonic character, performing with unquestionable dignity, from the sex and action scenes to a prosaic prostate exam. Yes, the plot is simple, but everything works – nice locations, gorgeous girls (attention to Katheryn Winnick as Vivian), a satirical villain, unmeasured amounts of blood and well-choreographed action scenes all the time. Everything Liam Neeson’s movies wanted to be, but did not make it. Ah, and Richard Dreyfuss has a small but great part! One of the best on the Netflix catalog. Do not miss it!