sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

3207 - POLAR

  
  POLAR (POLAR, USA, 2019) – Esses filmes que flertam com o absurdo, com uma realidade meio distorcida, no sentido de sublinhar as contradições deste mesmo panorama supostamente real, quando realizados com competência e originalidade, são simplesmente maravilhosos! Foi assim em MANDANDO BALA (SHOOT’EM UP, com o excelente Clive Owen e a bela Monica Bellucci. POLAR vai pela mesma senda – exacerba nas ações, principalmente nas violentas, e costura as sequências com suavidade filosófica, contrapondo-nos a um mosaico de estímulos emoldurado por uma fotografia mesmerizante. Além de tudo, também um grande ator como protagonista: Mads Mikkelsen simplesmente arrasa com um personagem monotônico, porém intenso e impactante, atuando com uma dignidade inquestionável, das cenas de ação e sexo a um prosaico exame de próstata. Sim, o roteiro é simples, mas tudo funciona – belas locações, mulheres mais belas ainda (atenção para a canadense Katheryn Winnick, como Vivian), um vilão caricatural, litragem desmedida de sangue e ação bem coreografada o tempo todo. Tudo o que os recentes filmes com Liam Neeson queriam ser, mas não conseguiram. Ah, e Richard Dreyfuss numa ponta de luxo. Um dos melhores na Netflix. Não perca! Movies that flirt with the absurd, with a distorted reality, in the sense of highlighting the contradictions of this same supposedly actual scenario, when accomplished competently and originally, are simply wonderful! That’s what happened with SHOOT’EM UP, with Clive Owen and the gorgeous Monica Bellucci. POLAR, by the same token, exacerbates the actions, mainly the most violent, and sew up the sequences with philosophical softness, counter to a mosaic of stimulus framed by a mesmerizing photography. Besides, a great actor in the leading role: Madds Mikkelsen simply excels with an intense monotonic character, performing with unquestionable dignity, from the sex and action scenes to a prosaic prostate exam. Yes, the plot is simple, but everything works – nice locations, gorgeous girls (attention to Katheryn Winnick as Vivian), a satirical villain, unmeasured amounts of blood and well-choreographed action scenes all the time. Everything Liam Neeson’s movies wanted to be, but did not make it. Ah, and Richard Dreyfuss has a small but great part! One of the best on the Netflix catalog. Do not miss it!