(ANGER MANAGEMENT, USA 2012) - Nestes primeiros dez episódios da nova série com Charlie Sheen, tive a impressão de estar assistindo a uma continuação do Charlie de TWO AND A HALF MEN. Logo me dei conta que o grande trunfo desta série é o mesmo da anterior: a confusão entre a persona representada por Sheen e sua personalidade real. Agora, ele também é Charlie, ex-jogador de beisebol forçado a encerrar a carreira depois de detonar o próprio joelho numa reação destemperada em campo. Ele, então, forma-se em psicologia, especializando-se em lidar com aqueles níveis de raiva patológica de que ele mesmo sofre. Os pacientes que se reúnem na sala de sua casa são completamente sem graça, e os diálogos entre eles não funcionam. O destaque vai para Selma Blair, o caso romântico de Charlie e sua terapeuta nas horas vagas: bonita e talentosa, combinação que costuma dar certo nos sitcoms em que o elenco não ajuda muito. Charlie, mais uma vez, foge de qualquer compromisso mais sério. Porém, é mesmo difícil resistir a um olhar com esta doçura (veja acima).