(PERFECT SENSE, UK 2011) - A história passa-se em Glasgow, no início de uma estranha pandemia. Pessoas em todas as partes do mundo têm um ataque incontrolável de choro e, em seguida, perdem totalmente o sentido do cheiro. No meio do caos, uma epidemiologista (Eva Green, lindíssima) conhece um chef (Ewan Mcgregor). Ambos têm problemas pra se envolver amorosamente. A humanidade vai perdendo os sentidos, um a um. Primeiro o olfato, depois o paladar, e assim por diante. Assim como em ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA (livro genial do Saramago e filme bastante razoável, de Fernando Meireles), a gente já sabe que, assim que perdermos a visão, tudo se modifica. O filme aponta para uma premissa interessante: um mundo sem os sentidos não tem mesmo sentido. É instigante este exercício de imaginar como ficaríamos sem as percepções da realidade que nos cerca. Apesar da carga dramática, o filme é impressionantemente lindo, porque enfoca a perda dos sentidos perpassadas pela emoção. A cena final, com McGregor e Eva Green, deveria ser imortalizada como uma das mais belas de toda a história do cinema. Acho que você amaria o filme.