sábado, 31 de janeiro de 2015

2524 - EU, ROBÔ


   EU, ROBÔ (I, ROBOT – USA 2004) – Ao investigar o aparente suicídio do Dr. Alfred Lanning (James Cromwell), o detetive de homicídios Del Spooner (Will Smith) depara-se com o inconcebível: um robô, da moderna série NS-5, pode ter sido o responsável pela morte, algo impossível dadas as três leis da robótica, criadas pelo russo Isaac Asimov, em cuja obra o filme se baseia. Dono de uma paranoia intensa e um ódio pelos autômatos que beira o racismo, Spooner começa a aprofundar sua investigação com a reticente ajuda da Dra. Susan Calvin (Bridget Moynahan), uma psicóloga de robôs que trabalha para a U.S. Robots, multinacional, às vésperas da maior distribuição de androides de toda a história da humanidade. Smith está como sempre: tem aquele ar despojado, de quem não pediu para entrar na confusão, igualzinho aos outros personagens em filmes de ação/ficção similares. Os efeitos parecem um pouco datados, especialmente na sequência final. De certa forma, o filme, como todo os contos de Asimov, aponta para as questões que já vimos em FRANKENSTEIN e BLADE RUNNER, pois investigam facetas de um mesmo conflito: aquele entre a lógica que rege os robôs e as criaturas correlatas e as reações bem pouco lógicas dos seres humanos. A necessidade das criaturas de se espelhar em seus criadores ou de se contrapor a eles, e a lisonja e a rejeição com essas tentativas são recebidas por parte dos seres humanos também são componentes de todas essas obras citadas acima.