Sigourney Weaver |
ALIEN,
O OITAVO PASSAGEIRO (USA, 1979) – Ainda referência
para praticamente todos os filmes de ficção científica desde então, ALIENS, de
Ridley Scott, já começa com uma cena que parece nos alertar para o que está
para acontecer: a nave comercial NOSTROMO, cujos tripulantes estão em animação
suspensa, começa a acordar lentamente. São pequenos sons aqui e acolá, luzes que
iluminam os compartimentos que circundam a ponte de comando, até que se vislumbra
a área onde a equipe vai despertando do que parece um sono profundo e sereno. O
primeiro a se levantar é Kane (John Hurt), aquele que vai protagonizar a cena que
já fez muita gente pensar duas vezes antes de fazer uma refeição. Sem empregar um
pixel de CGI, Ridley Scott fez uma obra para durar para sempre. Edição enxuta, desenho
cenográfico impactante e um roteiro simples, mas executado magistralmente. A nave
alienígena, na qual encontram os casulos, é um primor de design psicológico: ficamos
com a impressão de que estamos diante de algo meio tecnológico, meio orgânico, como
se estivéssemos no interior de uma criatura cuja fisiologia foge ao entendimento, mas fascina.
Sigourney Weaver, como Ripley, está excelente, especialmente na sequência final,
embora tenha ficado marcada pelo papel e nunca mais tenha feito algo com igual sucesso.
O filme é um produto perfeito de terror e ficção científica.