segunda-feira, 20 de novembro de 2017

2985 - ALIEN, O OITAVO PASSAGEIRO

Sigourney Weaver
      ALIEN, O OITAVO PASSAGEIRO (USA, 1979) – Ainda referência para praticamente todos os filmes de ficção científica desde então, ALIENS, de Ridley Scott, já começa com uma cena que parece nos alertar para o que está para acontecer: a nave comercial NOSTROMO, cujos tripulantes estão em animação suspensa, começa a acordar lentamente. São pequenos sons aqui e acolá, luzes que iluminam os compartimentos que circundam a ponte de comando, até que se vislumbra a área onde a equipe vai despertando do que parece um sono profundo e sereno. O primeiro a se levantar é Kane (John Hurt), aquele que vai protagonizar a cena que já fez muita gente pensar duas vezes antes de fazer uma refeição. Sem empregar um pixel de CGI, Ridley Scott fez uma obra para durar para sempre. Edição enxuta, desenho cenográfico impactante e um roteiro simples, mas executado magistralmente. A nave alienígena, na qual encontram os casulos, é um primor de design psicológico: ficamos com a impressão de que estamos diante de algo meio tecnológico, meio orgânico, como se estivéssemos no interior de uma criatura cuja fisiologia foge ao entendimento, mas fascina. Sigourney Weaver, como Ripley, está excelente, especialmente na sequência final, embora tenha ficado marcada pelo papel e nunca mais tenha feito algo com igual sucesso. O filme é um produto perfeito de terror e ficção científica.