quarta-feira, 31 de julho de 2019

3316 - MINHA OBRA-PRIMA

Resultado de imagem para minha obra prima filme
      MINHA OBRA-PRIMA (MI OBRA MAESTRA, Argentina, Espanha, 2018) – Com mais uma sólida atuação de Guillermo Francella (dos ótimos O AMOR NÃO TEM TAMANHO e O CLÃ), o filme é uma comédia dramática sobre o mercado de arte e também um questionamento da avaliação artística num mundo capitalista. Isto também já foi tema de outro filme (PÓSTUMO) e, em ambos, a discussão sobre a valorização de uma obra de arte depois da morte do seu autor fica meio rasa, apenas ressaltando os aspectos cômicos que uma situação assim suscita. De qualquer forma, Francella mostra talento em todas as suas cenas. With one more solid performance of Guillermo Francella (CORAZÓN DE LEON and THE CLAN), this is a dramatic comedy about the art market and a questioning of the artistic evaluation in a capitalist world. The theme is also in another movie – POSTHUMOUS – and, in both of them, the discussion about the appreciation of an artistic work after its author’s death is not properly developed, and only the comical aspects are highlighted. Anyway, Francella fills the screen with talent.




terça-feira, 30 de julho de 2019

3315 - A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA

Resultado de imagem para sleepy hollow MOVIE CHRISTINA RICCI
Johnny Depp e Christina Ricci

      A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA (SLEEPY HOLLOW, USA, 1999) – Ainda hoje, este filme de Tim Burton permanece como uma obra-prima. A excelente fotografia se coaduna com a história meio sombria, meio engraçada, mas completamente encantadora, com um elenco em total estado de sintonia: Johnny Depp, Christina Ricci, Christopher Walken – todos perfeitos em seus papéis. Depp está ótimo como um detetive inglês (somente deixando escapar um sotaque americano logo no início) que luta com o cavaleiro e investiga cadáveres sem cabeça e cheio de insetos com gosto, mas que sobe numa cadeira quando vê uma aranha. Christina Ricci está mesmerizante. Tim Burton’s movie is still a masterpiece. The outstanding photography entwines with a story that is half-somber, half funny, but deeply enchanting, with a cast totally tuned: Johnny Depp, Cristina Ricci, Christopher Walken – perfect in their roles. Depp is great as an Englishman (only slipping into American twang in one syllable early on in the movie) who will battle the horseman and inspect headless, beetle filled corpses with gusto but then leap onto a chair, screaming when he sees a spider! Christina Ricci is mesmerizing in her scenes.


segunda-feira, 29 de julho de 2019

3314 - O PRIMEIRO HOMEM

Resultado de imagem para first man movie
Poderia ter sido melhor...

1     O PRIMEIRO HOMEM (FIRST MAN, USA, 2018) – A vida de Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, mereceria um filme mais profundo e mais acurado. Ryan Gosling retrata Armstrong apenas no seu aspecto frio e prático, principalmente na sua relação com a família. Pouco também se mostra do processo evolutivo que culminou na Apolo 11, e o enfoque vai para uma história sem emoção. A falta de substância dos personagens é frustrante, não há enquadramento dramático, o filme é longo demais, o resultado é frustrante e o desfecho, um anticlímax total. The life of Neil Armstrong, the first man to step on the Moon, would deserve a more accurate movie. Ryan Gosling portraits Armstrong just as cold and practical, mainly in his relationship with his family. Little is shown about the process that culminates in the Apollo 11 flight and the focus is on an emotionless story. The lack of substance in the characters was disappointing. The frame was nonexistent. The length too long. The outcome is underwhelming. The ending an anti-climactic relief.  


domingo, 28 de julho de 2019

3313 - BELA DONNA

Resultado de imagem para BELLA DONNA FILME NATASHA HENSTRIDGE
Sim, ela pode ser bela, mas o filme é péssimo....

      BELA DONNA (BRASIL, 1998) – Certamente, um dos piores filmes já feitos. Fábio Barreto trouxe a bela (bela mesmo) Natasha Henstridge para o Nordeste do Brasil, para a versão cinematográfica de Riacho Doce, de José Lins do Rego. Nada mais a comentar. Certainly, one of the worst films ever. Fábio Barreto brings the gorgeous (yes, she really is) Natasha Henstridge to the Northeast of Brazil, for a movie adaptation of Riacho Doce, by José Lins do Rego. It is not worth commenting.  




sábado, 27 de julho de 2019

3312 - O HOMEM NAS TREVAS

Resultado de imagem para don't breathe movie
O homem nas trevas...

      O HOMEM NAS TREVAS (DON’T BREATH, USA, 2016) – Três adolescentes invadem a casa de um homem cego para roubar uma indenização polpuda que ele recebera pela morte de sua filha num atropelamento. Eles acham que vai ser sopa no mel, mas faltou investigar mais a fundo. Ele é cego, sim, mas também ex-fuzileiro naval e malvado até o último fio de cabelo. O diretor uruguaio Fede Alvarez vai bem até certo ponto, contudo se perde na dificuldade intrínseca de contar uma história concentrada em quatro personagens e em uma única locação. Three adolescents break into a blind man’s house to steal the indemnity he got for his daughter’s death in a running over. They think it is going to be a piece of cake, but they should have looked a little deeper in the man’s life. Yes, he is blind, but also an ex-mariner and totally wicked. The Uruguayan director Fede Alvarez does a good job up to a certain point, but he gets lost in the intrinsic difficulty to tell a story centered in four characters and one unique set.    


sexta-feira, 26 de julho de 2019

3311 - SEM AMOR

Resultado de imagem para LOVELESS MOVIE
Sem amor...

       SEM AMOR (NELYUBOV, Rússia, França, Alemanha, 2017) – Nesta tocante crônica a falta de afeto, um dos maiores diretores da atualidade, o russo Andrey Zvyagintsev lança um olhar frio e atento sobre uma sociedade em declínio. Os primeiros planos mostram uma paisagem coberta de neve, antecipando frieza que irá caracterizar quase todos os personagens deste drama comovente sobre um casal prestes a se divorciar, cujo filho desaparece depois de presenciar uma intensa briga dos dois, durante a qual fica claro que nenhum deles quer ficar com sua guarda. Escrito e dirigido magistralmente, SEM AMOR é um filme com personagens multifacetados e complexos que desafia os valores distorcidos deste século, refletindo uma sociedade ainda incapaz de escapar deste ciclo sem fim a que sempre esteve presa. O roteiro escancara o crescente vazio das relações humanas em tempos de redes sociais e selfies, e explora os lugares sombrios do comportamento humano, invalidando as mais incensadas crenças sobre a ligação entre pais e filhos. Além disso, é também um profundo retrato de uma sociedade em decadência composta de pessoas superficiais e extremamente egoístas. Zvyagintsev tem um olhar frio sobre a sociedade russa, sem perder o contato com o cinema poético que nos atinge no coração e na alma. In this heart-wrenching chronicle about the lack of affection, one of the greatest directors of the present time, the Russian Andrey Zvyagintsev casts a cold and attentive look at a society in decay. The first sequences show a snow-capped landscape, anticipating the coldness that will distinguish almost all the characters in this drama about a couple on the brink of divorce whose son disappears after hearing an intense fight between the parents who, obviously don not want to keep his guard. Magisterially written and directed, LOVELESS is a movie with multi-layered and complex characters that challenges the warped values of this century, holding a mirror towards our society still unable to escape from the same endless cycle it has been always been trapped in. The plot displays the growing emptiness of human relations in times of social networks and selfies and explores the dour places of human behavior, upending our most beliefs about the bond between parents and children. Besides, it is also a deep portrait of a society in decay composed of extremely superficial, selfish and harsh people. Zvyagintsev never loses the touch with the poetic cinema that hits us in the heart and in the soul.


quinta-feira, 25 de julho de 2019

3310 - SHAFT (2019)

Resultado de imagem para SHAFT 2019
Tudo errado...

1      SHAFT (SHAFT, USA, 2019) – Esta produção da Netflix é uma afronta ao filme original de 1971, com Richard Roundtree (que está neste filme, dá para acreditar?). O ótimo Samuel L. Jackson reprisa seu papel das versões anteriores, mas o roteiro, agora envolvendo o aparecimento de seu filho, é péssimo. O ator que faz seu filho, Jessie T. Usher, é muito fraco, sem presença na tela, e seu personagem, que começa inocente e supostamente perspicaz, e que deveria desenvolver uma certa esperteza (sob a tutela de seu pai), acaba sendo a pior parte de um filme ruim por si só. The Netflix production affronts the original 1971 film, with Richard Roundtree (who is in this film, believe it or not). The great Samuel L. Jackson repeats his role from the previous versions, but the plot, now involving the appearance of his son, is terrible. The actor who plays his son, Jessie T. Usher, is very weak, with no gravitas, who starts out young and naïve and is supposed to develop (under the tutelage of his father) street smarts, ends up being the worst part of a bad movie.  


quarta-feira, 24 de julho de 2019

3309 - DAVID HEDISON & RUTGER HAUER

Resultado de imagem para david hedison
David Hedison
Imagem relacionada
Rutger Hauer

      RUTGER HAUER & DAVID HEDISON – David Hedison foi um dos meus heróis na infância, entre muitos: ele era o Capitão Lee Crane, do seriado VIAGEM AO FUNDO DO MAR, uma versão submersa – mas nem por isso menos interessante – de STAR TREK. Lee era o contraponto do quase fleumático Almirante Nelson (Richard Basehart): mais impetuoso, impaciente, aquele que acreditava mais nos fins do que nos meios, Crane foi a encarnação do homem digno, charmoso, com coragem suficiente para desrespeitar as regras e resolver o problema. Antes do seriado, esteve em A MOSCA (1958) e, depois, em dois filmes de James Bond. Rutger Hauer era diferente. Esteve em dois filmes que fizeram o que sou hoje: BLADE RUNNER e O FEITIÇO DE ÁQUILA. Naquele, era o androide que se revoltava contra a exiguidade de sua existência (quem não?); e neste, era Etienne Navarre, o cavaleiro que se apaixonava por Michelle Pfeiffer (quem não?), mas, por um feitiço, só conseguia se encontrar com ela num breve instante no amanhecer e quando a noite começava. Etienne Navarre era eu, nas telas de cinema. Hedison morreu dia dezoito de julho, e Rutger, um dia depois. David Hedison was one of my childhood heroes, among others: he was Captain Lee Crane, in the VOYAGE TO THE BOTTOM OF THE SEA series, an underwater version – but not less groundbreaking – of STAR TREK. Lee was the counterpoint of Admiral Nelson (Richard Basehart): more impetuous, impatient, the one who believed more in the ends than in the means, Crane was the incarnation of the nobleman, worthy, charming, courageous enough to surpass the rules and get the job done. Before the series, he was in THE FLY (1958) and, after, in two Bond movies. Rutger Hauer was different. He was in two films that made what I am today: BLADE RUNNER and LADYHAWKE. In the former, he is the android who cannot understand the shortness of his existence (who can?); in the latter, he is Etienne Navarre, the knight who falls in love with Michelle Pfeiffer (who wouldn’t?), but, because of a spell, can only get in touch with her for a short moment during dawn. Etienne Navarre was me on the big screens. Hedison died last July 18, and Rutger, one day later.      

segunda-feira, 22 de julho de 2019

3308 - THE MAKING OF A PRESIDENT

Resultado de imagem para JOHN KENNEDY
Kennedy, numa coletiva de imprensa

     THE MAKING OF A PRESIDENT (USA, 1960) - All elections are turning points, but the presidential election of 1960 holds a special place in American history. The 1950s had been a period of unparalleled economic growth and US global power. Richard Nixon served as President Eisenhower's Vice President through most of the period. Nixon's humble origins gave him a common touch that appealed to the small town, idyllic America encompassed by the spirit of The 1950s. John F. Kennedy was Nixon's mirror image: charming, Harvard educated and the scion of an American political dynasty. Kennedy challenged Americans to confront the uncertainties and tumult that were already emerging in 1960. He set his vision not in the past, but on new frontiers. In 1960: The Making of the President, you take on the role of one of these great protagonists vying to lead America through an era of turbulent change. The candidates must contend with all the great issues of the day, from the Cold War to civil rights to voters' pocketbooks. This is an election that will turn on positioning and momentum. The contest is fought on an electoral map of the United States as it stood in 1960. 


domingo, 21 de julho de 2019

3307 - TRÊS SOLTEIRÕES E UMA PEQUENA DAMA

Resultado de imagem para three men and a little lady
Elenco perfeito

     TRÊS SOLTEIRÕES E UMA PEQUENA DAMA (THREE MEN AND A LITTLE LADY, USA, 1990) – Um dos meus filmes favoritos, com toda certeza. A história de Peter (Tom Selleck), Michael (Steve Guttenberg) e Jack (Ted Danson, mais Sam Malone como nunca), agora com Mary mais crescidinha e Sylvia (Nancy Travis), que causa um abalo na até então união familiar dos três, para se mudar para Londres e casar com um diretor de teatro. Assim como no primeiro filme, aqui tudo dá certo: elenco, atuações, roteiro, trilha sonora. One of my favorite movies, for sure. The story of Peter (Tom Selleck), Michael (Steve Guttenberg) and Jack (Ted Danson, more Sam Malone than ever), now with a grown-up Mary and Sylvia (Nancy Travis), who shakes the structures of up to the then familiar union, in order to move to London and get married to a theater director. As it happened in the first movie, everything works - cast, performances, plot, and soundtrack.



sábado, 20 de julho de 2019

3306 - O LOBISOMEM (2010)

Resultado de imagem para THE WOLF MAN 2010
Del Toro, Emily Blunt e Anthony Hopkins

      O LOBISOMEN (THE WOLFMAN, USA, 2010) – Esta versão da história de Lawrence Talbot (vivido enigmaticamente por Benicio Del Toro) é surpreendente boa, especialmente por causa do elenco: além do excelente Del Toro, Emily Blunt e Anthony Hopkins. Os efeitos especiais são bem feitos, e a química entre Del Toro e Blunt funciona como contraponto à atmosfera sóbria da história. Por outro lado, a direção de Joe Johnston é irregular e, por vezes, conservadora demais. This edition of Lawrence Talbot story (played enigmatically by Benicio Del Toro) is surprisingly good, especially because of the top-notch cast: besides Del Toro, Emily Blunt and Anthony Hopkins. The special effects are exceptionally good, and the chemistry between Del Toro and Blunt works as a counterpart of the sober atmosphere inherent in the story.    


3305 - APERTEM OS CINTOS, O PILOTO SUMIU... ii

Resultado de imagem para AIRPLANE II
O cockpit ...

      APERTEM O CINTO, O PILOTO FUGIU II (AIRPLANE II: THE SEQUEL, USA, 1982) - Apesar das piadas repetidas, esta sequência é bem satisfatória, usando flashbacks do primeiro filme. A participação de William Shatner é um dos pontos altos do roteiro que tira um sarro dos filmes-catástrofes com o humor “nonsense” e sem preocupações com o “politicamente correto”. Despite the repeated jokes, this sequence is quite satisfactory, using flashbacks from the first movie. William Shatner’s part is the highest part of a plot that makes fun of the disaster movies with nonsense humor and no politically correct thoughts. 


sexta-feira, 19 de julho de 2019

3304 - INTIMIDADE ENTRE ESTRANHOS

Resultado de imagem para INTIMIDADE ENTRE ESTRANHOS FILME RAFAELA MANDELLI
A bela Rafaela Mandelli

      INTIMIDADE ENTRE ESTRANHOS (BRASIL, 2018) - Tudo parece caótico para os três personagens que se esbarram num condomínio carioca: Maria (Rafaela Mandelli, bela, mas muito magra) está em crise no casamento e busca superar a morte de seu pai; Pedro (Milhem Cortaz, sem conexão com o papel) vem tentando abandonar o vício da bebida; e o jovem Horário (Gabriel Contente, com atuação fraca) se acomoda na rotina de uma série de perdas e solidão. O que poderia ter sido um estudo interessante sobre as relações humanas tisnadas pela frustração se mostra uma tentativa pobre de entender os motivos pelos quais as pessoas que não entendem que não possuir algumas coisas que desejamos pode ser parte indispensável para a felicidade possível. Everything seems chaotic to the three characters who find themselves in a condo in Rio: Maria (Rafaela Mandelli, beautiful, but too skinny) is in crisis in her marriage and tries to overcome the loss of her father; Pedro (Milhem Cortaz, disconnected with the role) is trying to quit alcohol; and the young Horacio (Gabriel Contente, very weak) is settled down in a routine of losses and loneliness. What could have been an interesting study about human relations ruined by frustration turns out to be a poor attempt to understand the reasons why people do not understand that not possessing some things we want could be an indispensable part for possible happiness.





quinta-feira, 18 de julho de 2019

3303 - O VOO

Resultado de imagem para FLIGHT MOVIE
Denzel Washington, pronto para decolar...

       O VOO (FLIGHT, USA, 2012) – Denzel Washington teve sua segunda indicação para o Oscar com a atuação neste filme de Robert Zemeckis. É uma obra sobre as escolhas morais de um homem que se vê diante da necessidade de enfrentar as verdades de sua vida, num drama construído pela atuação central sólida de Denzel, como Whip Whitaker, um piloto alcoólatra e viciado em drogas que, mesmo bêbado e chapado, consegue aterrissar seu avião depois de uma pane em pleno voo, salvando a maioria dos passageiros. O maravilhoso John Goodman rouba as cenas, como o fornecedor de cocaína para Whip. Essencial para os admiradores de Denzel Hayes Washington Jr. Denzel Washington had his second Oscar-nominated role with his performance in this film by Robert Zemeckis. It is a sober piece about a man’s moral choices who has the need to face what is true in his life, in a drama built around a creditable central performance from Washington as Whip Whitaker, an alcoholic and drug-addicted pilot who still drunk and high, manages to land his airplane after a mechanical failure, saving almost all aboard. The wonderful John Goodman steals the scenes as the cocaine supplier for Whip. Essential for Denzel Hayes Washington’s admirers.


quarta-feira, 17 de julho de 2019

3302 - JOHNNY ENGLISH 3.0

Resultado de imagem para johnny english strikes again
Rowan Atkinson

     JOHNNY ENGLISH 3.0 (JOHNNY ENGLISH STRIKES AGAIN, UK, USA, França, 2018) – Rowan Atkinson, mais uma vez, mistura James Bond com seu personagem mais famoso, Mr. Bean. Neste terceiro filme, a fórmula já parece gasta, com pouca comicidade e com a incômoda sensação de piadas repetidas. Humor muito recatado, baseado apenas no pastelão, o que não funciona. Já vimos este filme, não? Rowan Atkinson, once more, mixes James Bond with his most famous character, Mr. Bean. In this third movie, the formula is completely worn out, not funny and fraught with the uncomfortable sensation of repeated jokes. The slapstick humor and family-friendly situations do not click together. We have already seen this movie, haven’t we?  


terça-feira, 16 de julho de 2019

3301 - QUAL É O MEU NOME? MUHAMMAD ALI

Resultado de imagem para WHAT'S MY NAME? MUHAMMAD ALI MOVIE
Ali, grandíssimo....

       QUAL É O MEU NOME? MUHAMMAD ALI (WHAT’S MY NAME? MUHAMMAD ALI, USA, 2019) – Documentário do diretor Antoine Fuqua sobre Muhammad Ali, uma personalidade icônica no mundo do esporte, especialmente por seu extraordinário talento como lutador, seu ativismo político e visão crítica sobre a sociedade americana. O material de arquivo é excelente, assim como as lutas de Ali com Joe Frazier e George Foreman. Antoine Fuqua’s documentary about Muhammad Ali, one of the most iconic figures in the sport's history, especially because of his unique talent as a boxer, his political activism and critical vision about the American society. The never-before-seen archival material is outstanding as the fights with Joe Frazier and George Foreman.  

segunda-feira, 15 de julho de 2019

3300 - TE AMAREI PARA SEMPRE

Resultado de imagem para the time traveler's wife movie
Voltar no tempo por Rachel McAdams? Claro...

    TE AMAREI PARA SEMPRE (THE TIME TRAVELER’S WIFE, USA, 2009) – O título em português é golpe baixo: afinal, é uma declaração que nos marca, sendo falada ou ouvida. Como não parar para assistir a um filme com esse nome? É nisso que eu pensava quando comecei a rever este drama romântico que tem a ver com viagens no tempo (uma de minhas paixões, confesso.). Henry (Eric Bana) é apaixonado por Clare (Rachel McAdams – e quem não seria?). Acontece que Henry possui uma anomalia genética que o faz voltar ao passado repentinamente e voltar logo em seguida. Numa dessas viagens, conhece Clare, ainda criança. Eles se reencontram numa biblioteca (putz, outra paixão!), e ela o reconhece. Passam a viver uma história cujo foco não é a explicação das viagens no tempo, mas os sentimentos que dela se originam. No âmago do filme está uma história de amor com todas as complexidades dos relacionamentos desta natureza. Há a metáfora da distância nos relacionamentos e do fato de que, na realidade, podemos perder o outro de uma hora para outra, o que é tristíssimo. Porém, por outro lado, é um exercício do olhar para outro, valorizando todo e qualquer momento de felicidade. The title in Portuguese is a low blow: after all, it is a statement that affects us in all possible ways, heard or spoken. How not to stop to watch a movie with such a name? That is exactly what I was thinking about when I started seeing this romantic drama involving time travels (one of my passions, I confess). Henry (Eric Bana) is in love with Clare (Rachel McAdams – and who wouldn’t…?). The fact is that Henry has a genetic abnormality that makes him go to the past and come back suddenly. In one of these travels, he met Clare, still a child. Later, they meet again in a library (another passion, gosh!), and she recognizes him. They fall in love and live a story whose main focus is not the explanation of the time travels, but the feelings that thrive from them. At the heart of this film is a love story and the complexities that people bring to their relationship. There is the metaphorical allusion to the distance in relationships and to the fact that we can lose the loved one in the blink of an eye, which is very sad. However, on the other hand, it is an exercise to train our eyes to the other, treasuring each and every moment of happiness.



sexta-feira, 12 de julho de 2019

3299 - COISAS QUE PERDEMOS PELO CAMINHO

Resultado de imagem para THINGS WE LOST IN THE FIRE MOVIE
Halle Berry e Benicio Del Toro
COISAS QUE PERDEMOS PELO CAMINHO (THINGS WE LOST IN THE FIRE, USA, 2007) – A dor da perda definitiva e o mundo das drogas se misturam neste drama tocante impulsionado pela atuação majestosa de Benicio Del Toro. É ele que, com uma dignidade comovente, tem uma performance memorável como um viciado em drogas que luta para mudar a sua vida, depois que seu melhor amigo é assassinado. É um filme sobre as descobertas que fazemos quando tudo parece estar perdido. Grief and addiction intertwine in an affecting drama bolstered by Benicio Del Toro’s towering performance. It is him who gives, with dignity, a poignant performance of a drug addict who struggles to change his life after the loss of his best friend. It is a movie about the discoveries we make when everything seems lost.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

3298 - DURO DE MATAR 4.0

Abaixa que é tiro....

      DURO DE MATAR 4.0 (LIVE FREE AND DIE HARD, 2007, USA) – Nesta edição, John McLane já deveria ter parado – a fórmula já se desgastara, mesmo com a inserção do ciberterrorismo, coisa que, vista hoje, já fica meio anacrônica. A receita está lá: muita ação inverossímil – até para isso há limites - e pouca explicação. Desta vez, ele tem que proteger um hacker (Justin Long) que pode conter um colapso no sistema financeiro americano. Podia ser evitado. In this edition, John McLane should have quitted. The formula has already been worn out, even with the insertion of the cyberterrorism, what would be considered today as anachronism. The rules are there: a lot of unbelievable action – there are limits for this – and almost no explanation. This time, he has to protect a hacker who can stop the collapse of the American financial system. It could have been avoided.


terça-feira, 9 de julho de 2019

3297 - DÉJÀ VU

Imagem relacionada
Sim, valeria a pena voltar ao passado por ela...

     DÉJÀ VU (USA, 2006) – Já foi dito, mas não custa repetir: Denzel Washington é obrigatório! Neste sensacional thriller, que mistura investigação policial e ficção científica, Tony Scott dá uma lição de direção num roteiro que envolve um experimento de viagem no tempo, um protagonista talentosíssimo (Denzel Washington) e uma bela mulher (Paula Patton, repleta de significados, por quem valeria a pena voltar no tempo para reencontrar). Ritmo perfeito, fotografia inebriante. A beleza do filme (além de Paula Patton, claro) está nas múltiplas linhas do tempo sendo mostradas em paralelo umas com as outras, gerando questões que o roteiro responde de maneira muito inteligente. Tony, que foi eclipsado por seu irmão mais famoso, Ridley, produz uma sequência para ficar na história do cinema: uma perseguição de carro, no presente, de um carro que está no passado. Coisa de gênio. It has been already said, but it is worth repeating: Denzel Washington is obligatory! In this amazing thriller, which mixes police investigation and science fiction, Tony Scott teaches a lesson on directing in a story that involves time travel experiment, a talented leading actor (Washington) and a gorgeous woman (Paula Patton, pregnant with meanings, for whom it would be worth going back in time). Perfect rhythm, inebriating photography. The beauty of this film (besides Paula Patton, of course) is in the multiple timelines being shown parallel to each other, generating questions that are answered by the story in a clever way. Tony, greatly overshadowed by his famous brother, Ridley, produces a sequence meant to be in the movie history: a car chase during the present in pursuit of a vehicle in the past. Definitely, the work of a genius.


segunda-feira, 8 de julho de 2019

3296 - X-MEN - APOCALIPSE

Jennifer Lawrence, nas duas versões...

    X-MEN: APOCALIPSE) : APOCALYPSE, USA, 2016) – O filme está abaixo do ótimo DIAS DE FUTURO ESQUECIDO, mas continua com uma ideia básica fundamentalmente verdadeira em qualquer época: só através da educação que o ser humano pode crescer. É exatamente isso que o Professor Xavier (James McAvoy, sempre ótimo) quer fazer: uma escola integrada para mutantes e não mutantes, em que a lógica seja a formação humana, não a de super-heróis. Destaque para o conjunto visual e, claro, para o maior tempo em cena de Mystique, na sua forma Jennifer Lawrence. The movie is behind DAYS OF FUTURE PAST, but still has a basic idea that is true in any time: education is the only way for human beings to grow. That is exactly what Professor Xavier (James McAvoy, always great) wants to do: an integrated mutant / non-mutant school, in which the main drive is the human being, not superheroes. The visual design is as stunning as Mystique in her Jennifer Lawrence shape.


3295 - GODZILLA (1954)

Resultado de imagem para godzilla 1954
Godizilla: melhor que suas versões modernas

      GODZILLA, 1954 (JAPAN, 1954) – Este continua sendo o melhor filme sobre Godzilla, mesmo com todas as limitações técnicas da época. Ainda com a hecatombe atômica recente, o filme de Ishirô Honda é uma alegoria sobre os perigos dos testes nucleares, cujos efeitos ainda eram completamente desconhecidos. This is still the best Godzilla movie, even with the technical limitations of the time. With the atomic hecatomb still fresh, Ishirô Honda’s movie is a terrifying allegory about the nuclear tests whose effects were completely unknown back then.  


domingo, 7 de julho de 2019

3294 - A ESPOSA

Resultado de imagem para THE WIFE MOVIE
Atrás de um grande homem.....

    A ESPOSA (THE WIFE, Inglaterra, Suécia, USA, 2017) – Atuação soberba de Glenn Close, num momento comparável ao de LIGAÇÕES PERIGOSAS (1988). Joan (Close) oscila entre estados emocionais antagônicos, diante do prêmio Nobel de Literatura ganho por seu marido (Jonathan Pryce, excepcional no papel de um homem frívolo, sem tato, mulherengo, vaidoso, porém sensível). A história trata de algo que vai além da traição – o roubo não apenas do material intelectual, mas sim da essência de uma pessoa. É isso que Glenn Close transmite tudo isso e mais: o desejo sutil, mas imperativo, de exercer o poder sobre por meio de uma generosidade socialmente aceita que esconde um grau de malefício tão grande (ou pior) do que o egoísmo. Glenn Close’s outstanding performance, only comparable to her role in DANGEROUS LIAISONS (1988). Joan (Close) oscillates between antagonistic emotional states, when her husband (Jonathan Pryce, remarkable in the role of a frivolous, tactless, womanizing, vain, tough sensitive, man). The story is about something more than treason – the theft of not just intellectual material, but the essence of a person. That is what Glenn Close conveys, and more: the subtle, but imperative, desire to have power through socially accepted generosity that hides so much evil than egotism.  


segunda-feira, 1 de julho de 2019

3293 - A GRANDE JOGADA


      
Jessica Chastain, perfeita...
A GRANDE JOGADA (MOLLY’S GAME, USA, 2017) – Baseado numa história real, o filme conta a trajetória de Molly Bloom (Jessica Chastain, belíssima e perfeita no papel) uma ex esquiadora olímpica que, depois de um acidente, começa a se envolver na organização de jogos de pôquer da elite e se torna alvo do FBI. Aspecto negativo: para quem não entende de pôquer, o filme perde muito de seu apelo. Aspecto positivo: Jessica Chastain, esculpindo a laser suas falas e ampliando as contradições e traumas do personagem cujo pai (Kevin Costner) lhe impôs uma disciplina rígida no esporte. Aliás, é emocionante a cena entre ele e Molly, num banco em um parque de Manhattan. Idriss Alba, como advogado da protagonista, imprime, num cenário tão violento, um toque de humanidade. Mas é Jessica Chastain, magneticamente linda, que tem a atuação mais impactante, num papel difícil e repleto de sutilezas. The movie is about Molly Bloom’s trajectory (with Jessica Chastain, gorgeous and perfect in the role), a former Olympic-class skier who, after an accident, gets involved in high-stakes poker games and becomes an FBI target. Negative aspect: for those who are not familiar with the poker game, the movie rapidly becomes boring. Positive aspect: Jessica Chastain, carving her lines with laser, she amplifies the contradictions and traumas of the character whose father (Kevin Costner) had imposed her a strict sport discipline in the past. By the way, the scene between Molly and her father, on a bench, in Manhattan is heartbreaking. Idriss Alba, as the protagonist’s lawyer, injects a little bit of humanity in a violent scenario. But it is Jessica Chastain, magnetically beautiful, who has the most impacting performance, in a difficult role fraught with subtleties.