O filme também é uma homenagem à fotografia |
GUERRA CIVIL (CIVIL WAR, USA, 2024) – Os EUA estão em guerra contra si mesmo, mas o motivo é deliberadamente oculto pelo diretor Alex Garland, justamente para ressaltar o risco da polarização para a sobrevivência de uma sociedade aparentemente fragmentada pelas injustiças oriundas do capitalismo. Ainda há o foco jornalístico do grupo de repórteres (Kirsten Dunst, Wagner Moura, Caille Spaeny e o maravilhoso Stephen McKinley Henderson) num road trip até Washington, onde está o epicentro do conflito. O roteiro segue uma simetria narrativa de O Coração das Trevas, de Joseph Conrad, ao avançar a trama até o âmago violento do confrangimento político-social, simbolizado pela Casa Branca e pelo presidente americano (o grande Nick Offerman, desperdiçado num papel sem desenvolvimento). GC talvez mostre a irracional tendência humana de procurar a solução dos problemas por meios violentos e nem sempre justificados. The US is at war with itself, but the reason is deliberately hidden by director Alex Garland, precisely to highlight the risk of polarization for the survival of a society apparently fragmented by the injustices caused by capitalism. There is also the journalistic focus on the group of reporters (Kirsten Dunst, Wagner Moura, Caille Spaeny and the wonderful Stephen McKinley Henderson) on a road trip to Washington, where the epicenter of the conflict is. The script follows a symmetrical narrative of Joseph Conrad's Heart of Darkness, as it advances the plot to the violent core of political-social conflict, symbolized by the White House and the American president (the great Nick Offerman, wasted in an undeveloped role). CW may show the irrational human tendency to seek the solution of problems by violent and not always justified means. Prime.