O MESMO AMOR, A MESMA CHUVA (EL MISMO AMOR, LA MISMA LLUVIA, Argentina, 1999) – Ricardo Darín e Soledad Villamil são obrigatórios. Assim como o cinema argentino. Neste belo filme de Juan José Campanella, os dois vivem o encontro e o desencontro de uma história de amor emoldurada pela chuva e pela oposição lírica de duas visões de mundo unidas pelo amor não linear. Dois pontos altos: a atuação, como sempre, brilhante de Darín – é notável a cena em que recebe, pelo telefone, a notícia da morte de um amigo; e o olhar de Soledad, um olhar ao mesmo tempo substantivo e verbo, encapsulando o desejo, o entendimento e a esperança diante do grande amor de sua vida. Tudo magnífico. Ricardo Darín and Soledad Villamil are mandatory. Just like Argentinean cinema. In this beautiful film by Juan José Campanella, the two live the comings and the goings of a love story framed by rain and the lyrical opposition of two worldviews united by non-linear love. Two high points: Darín's performance, as always, brilliant – the scene in which he receives, by phone, the news of the death of a friend is remarkable; and Soledad's gaze, a gaze that is both substantive and verb, encapsulating desire, understanding and hope in the face of the great love of his life. All magnificent.
