sábado, 3 de maio de 2008
357 - CONSTANTINE
constantine (constantine, usa) – revi este filme – o havia visto ano passado – para confirmar que Keanu Reeves é, em minha opinião, um dos atores mais magnetizantes que o cinema produziu nos últimos tempos. O que me chama a atenção nele é aquele jeito meio blasé de interpretar personagens marginais, meio desajustados, meio a contragosto de ter que bancar o herói, como é o caso deste Constantine, originado dos quadrinhos underground. Assim como o Neo de Matrix, Reeves faz aqui um personagem em conflito consigo mesmo, que sabe que a sua sobrevivência lhe acarretará mais sofrimento e a repetição de um modo de vida que o confrange. Uma de suas mais marcantes características é a capacidade de se mostrar à vontade com qualquer roupa e fazer disso uma espécie de grife pessoal – no filme, o terno preto, com gravata e, sobretudo, define tanto o personagem quanto os inúmeros cigarros que fuma. Muitos acham que Keanu Reeves é mau ator, mas eu discordo. Se não dispõe de um vasto leque de recursos dramáticos, ele é a melhor escolha para certos personagens. Se ele fica muito bem numa roupa preta – como é o caso de Constantine e Matrix – sorte dele. Porém, muitos diretores famosos já apostaram nele: Bernardo Bertolucci (O Pequeno Buda), Coppola (Drácula), Kenneth Branagh (Muito Barulho por Nada) e Gus Van Sant (Garotos de Programa). Nascido em Beirute, criado no Canadá, filho de pais ripongas, seu nome significa “brisa sobre as montanhas” e foi escolhido por seu pai, um sino-havaiano que deixou a mãe de Keanu quando o garoto tinha dois anos.