sábado, 17 de maio de 2008
543 - A JUSTICEIRA
a justiceira (Barb wire, usa 1996) - de David Hogan. Perdoem-me o trocadilho de gosto duvidoso, mas como uma mulher tão boa pode fazer um filme tão ruim? O trocadilho é horrível, mas o filme é muito pior. A começar pelo jogo de palavras do título, nome da heroína da história, vivida pateticamente pela bela Pamela Anderson – o nome remete a barbed wire arame farpado em inglês e que aqui possui uma conotação completamente diferente. Pamela aparece o tempo todo metida numa roupa preta justíssima (talvez daí o título em português, há, há...), fazendo caras e bocas – aliás, bela cara e boca idem. Mas ela é péssima atriz, se é que levou o roteiro a sério. O roteiro, bem... o roteiro não ajuda mesmo, tanto pelo absurdo de um thriller policial futurista, como pelas horrorosas atuações. Tudo é pretexto para a exibição dos dotes físicos da loura sexy, cujo, digamos, escasso brilho dramático é inversamente proporcional à quantidade de silicone que ajudou a fazer de Pamela uma das mulheres mais desejadas dos anos 90. O filme tem a inevitável estética mad Max, que foi a solução para orçamentos restritos de filmes ambientados no futuro. Muita poeira e sucata, rebeldes cabeludos e um herói redentor, capaz de catalisar os sobreviventes bons do cataclismo que devastou a humanidade. Uma monumental perda de tempo – e você quer ver Pamela Anderson nua, recorra à Playboy mais próxima de sua mão.