um policial em apuros (double whammy, usa 2001) – direção de Tom CiCillo, que também escreveu o roteiro e que deve ser um maluco, porque o filme não tem pé nem cabeça. Aliás, os únicos pés e cabeça que valem realmente a pena, além do conjunto da obra, é claro, são os que pertencem a presença fulgurante, sexy, charmosa, mesmerizante, alucinante, avassaladora, e todos os mais belos adjetivos possíveis e dos quais não me lembro agora, da maravilhosa Elizabeth Hurley. Quando olho para ela, fico pensando no que deu no Hugh Grant para largar uma mulher divina como essa. Ela está linda, como sempre, e com aquele sotaque britânico que me enlouquece, além dos profundos olhos azuis. Só a presença dela justifica ficar uma hora e quarenta e cinco minutos vendo um filme sem um mínimo de lógica sobre um policial (Denis Leary) meio incompetente e que sofre de dores nas costas. Ao se tratar com a doutora Ann Beamer (Liz), leva uma cantada dela que só pode ser mesmo coisa de cinema, diante da pouco provável possibilidade de isso acontecer comigo, por exemplo. O competente Steve Buscemi também está no elenco, mas completamente mal aproveitado, num papel apagado, bem abaixo de suas possibilidades. Não é comédia, não é filme policial, não é drama – simplesmente não dá para classificar esta produção que só serve mesmo para embalar a deliciosa Liz Hurley.
