(GODZILLA, USA 2014) - O primeiro Godzilla surgiu no Japão, em 1954, como uma elegia aos mortos pela bomba de Hiroshima. A partir daí, o bichano ressurgiu em várias produções, lutando contra todo tipo de monstro (brigou feio até com King Kong, num filme assim assim da década de 60), sempre com uma característica marcante: a gente sempre achava que ele seria o vilão das histórias, mas, no fim, era ele que acabava resolvendo a parada, destruindo um outro monstro bem mais sinistro). Neste filme, os efeitos são excelentes, não há como negar, mas há dois desastres que nem Godzilla pôde evitar: um roteiro bem ruinzinho, que passa quase uma hora e meia às voltas com um conflito familiar que nada traz de relevante à história, pois, convenhamos, num filme de Godzilla, a gente quer mesmo é ver o monstro em ação e não pais se que se separam dos filhos para, depois, se reconciliarem com eles. Outro desastre: o pior de todos os protagonistas de todos os filmes até então feitos na face de Terra, Aaron Taylor-Johnson (de KICK-ASS, 1 e 2), foi incapaz de qualquer expressão facial além da única que parece ter, estando ele brincando com o filho em casa, ou diante da carantonha de Godzilla. Talvez o pessoal dos efeitos especiais pudesse ter feito alguma coisa para que este rapaz parecesse estar minimamente atuando. A fraca Elizabeth Olsen também não convence e poderia muito bem ter sido, juntamente com Aaron Taylor-Johnson, uma das razões pelas quais Godzilla quer destruir o mundo.