(STRIPTEASE, USA 1996) - Produzido especialmente para que Demi Moore pudesse exibir seu corpo, o filme, como era de se esperar, em termos de roteiro e direção, não está à altura das belas curvas da então esposa de Bruce Willis. Já àquela altura, uma história sobre uma dançarina de boate, com um coração de ouro e dedicação à filha, já não convencia as plateias mais exigentes. Demi Moore se sai bem nas coreografias, mas é uma atriz de recursos limitados. Dois destaques: Burt Reynolds, meio caricato demais na pele de um senador tarado, e Ving Rhames, como o brutamontes protetor das dançarinas. Em termos de cenas com música e pouca roupa, lembro de algumas atrizes que não fizeram feio: Jamie Lee-Curtis, em TRUE LIES, Salma Hayek, em UM DRINK NO INFERNO, Natalie Portman, em CLOSER, e Kim Bassinger, em NOVE SEMANAS E MEIA DE AMOR. A nota dissonante nesta lista é Jennifer Aniston, no filme comentado dias atrás, em que ela faz uma cena de strip totalmente sem noção. No caso de Demi, até hoje é difícil frear os hormônios na sequência em que ela, fazendo justiça ao título, tira, peça por peça, um bem-comportado terninho que encobre todo aquele belo conjunto de pernas, braços e seios. A fotografia bruxuleante de Stephen Goldblattt deixa as saradas curvas de Demi em alto-relevo e, claro, bem na fita.