Tom Hanks |
ESTRADA PARA PERDIÇÃO
(ROAD TO PERDITION, USA, 2002)
– Sam Mendes já havia atingido o sucesso com o soberbo BELEZA AMERICANA (1999) e
manteve a alta qualidade de seu trabalho seguinte. ESTRADA PARA PERDIÇÃO é quase
perfeito na sua emulação do seu primo distante, O PODEROSO CHEFÃO. Trilha
sonora sofisticada, fotografia adequada ao noir, elenco de fazer cair o queixo
(quem poderia se dar ao luxo de ter Paul Newman e Tom Hanks contracenando?), cinematografia
caprichada, edição precisa, além de um roteiro enxuto, que peca ao dar muita ênfase
ao tratamento quase obsessivo da relação pai-filho. Mendes consegue um ritmo
coerente com a dramaticidade da história, especialmente em cenas caracterizadas
por uma economia visual perfeita, como o uso da cor nas sequências em que se vê
sangue espalhado por superfícies lisas, como paredes e vidraças. Dexter adoraria. Kleber também.
Sam Mendes had already succeeded with the exquisite AMERICAN BEAUTY (1999) and
kept the high quality of his work. ROAD TO PERDITION is almost perfect in its
emulation of its distant cousin THE GODFATHER in terms of sophisticated
soundtrack, adequate photography to the noir genre, a jaw-dropping cast (who
would have Paul Newman and Tom Hanks in the same movie?), superlative cinematography,
precise edition, besides a tight plot whose unique flaw is the heavy-handed treatment
of the father/son motif. Mendes succeeds in giving the movie a rhythm coherent
to the dramatic aspects of the story, especially in the perfect visually economical
sequences, with the right use of color of blood splattered against pale colored
walls. Dexter would have loved it. So would Kleber.