JULES E JIM, UMA MULHER PARA DOIS (JULES ET JIM, França, 1962) – Este filme de Truffaut é uma espécie de alegoria dos efeitos abrangentes da WW1. O triângulo amoroso composto por Jules, Jim e Catherine (Jean Moreau) começa quase como uma brincadeira infantil, evolui para um paixão intensa e, assim como o advento da WW1 causou uma ruptura no zeitgeist da Europa, também sofre um abalo definitivo. O espírito dândi do início da história, repleto de uma irresistível inconsequência juvenil, até o fim dramático, é um espelho do que, invariavelmente, acontece na vida de todos nós. Truffaut, um dos expoentes da Nouvelle Vague, é um gênio do cinema. É lamentável que poucas pessoas, hoje em dia, conheçam sua monumental obra. François Truffaut’s JULES and JIM is a kind of allegory of the vast effects of the WW1. The love triangle composed by Jules, Jim and Catherine (Jean Moreau) begins in lighthearted gaiety, which continues with intense passion and, as the WW1 broke the European zeitgeist, is also broken. The dandy spirit of the beginning of the story, fraught with juvenile inconsequence, mirrors what invariably happens in everyone’s lives. Truffaut is one of the highlights of the Nouvelle Vague and unquestionably one of the cinema’s greatest. It is regrettable that only a few people nowadays are cognizant of his monumental body of work.