A escrita como salvação
NOME PRÓPRIO (BRASIL, 2007) – O filme
de Murilo Salles é sobre Camila (Leandra Leal), um blogueira inteiramente dedicada
a expor sua vida on line. A trama (ou a falta dela) é sobre a procura
existencial de uma jovem aparentemente sem pilares afetivos sólidos, tema por
demais explorado em diversos obras semelhantes. É exatamente esse modus operandi
a parte fraca da história: por que Camila deveria se entregar a uma vida sem
regras, bebendo, se entregando a relações aleatórias e perfunctórias, para poder
se expressar literariamente? Essa pergunta fica sem resposta. Claro que Leandra
Leal mergulha sem medo no personagem, e isso é notável. Contudo, tanta entrega
não salva a proposta genuinamente intimista de um filme cujas questões poderiam
ser muito melhor exploradas e definidas. Murilo Salles’ movie is about Camila
(Leandra Leal), a blogger entirely dedicated to expose her life on line. The script
(or the dearth of it) is about existencial search of a young woman apparently
deprived of solid affectionate pillars, a well-known theme in similar movies. This
modus operandi is the weakest part of the story: why should Camila take the plunge
into debauchery in order to express herself in writing? This question remains
unanswered. Leandra Leal is a remarkable actress, but this is not enough to
justify the intimist proposal of a movie
whose issues could have been much more defined and explored. Netflix.