casa de areia e névoa (house of sand and fog, usa 2003) – interessante dramática e trágica história de uma mulher, Kathy (Jennifer Connely, 12 de dezembro e 1970) que é despejada, por um erro burocrático, da sua casa que herdou do pai, seu único bem, pela prefeitura de São Francisco. Um ex-coronel da Força Aérea Iraniana, Massoud Behrani (Ben Kingsley, 31 de dezembro de 1943) arremata a casa num leilão para, depois, vendê-la com lucro e poder mandar o filho para a universidade. O momento trágico é selado no momento em que, no escritório de sua advogada, Kathy jura que vai reaver sua propriedade de volta. Pronto: o estrangeiro passa a ser o usurpador. O diretor ucraniano Vadim Perelman foi menino de rua e teve uma ficha recheada por pequenos furtos antes de se tornar um bem-sucedido diretor de comerciais. Seria natural que ele tomasse partido do iraniano. Mas o que torna este seu filme de estréia tão forte é justamente a maneira como ele desperta todo o tipo de solidariedade e antipatia, tanto pela fragilidade de Kathy quanto pelo desespero implosivo de Behrani. Todos têm razão e a perdem numa história em que brilha o grandíssimo Ben Kingsley, na mais antológica de suas atuações, e um diretor surpreendentemente original.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
341 - CASA DE AREIA E NEVOA
casa de areia e névoa (house of sand and fog, usa 2003) – interessante dramática e trágica história de uma mulher, Kathy (Jennifer Connely, 12 de dezembro e 1970) que é despejada, por um erro burocrático, da sua casa que herdou do pai, seu único bem, pela prefeitura de São Francisco. Um ex-coronel da Força Aérea Iraniana, Massoud Behrani (Ben Kingsley, 31 de dezembro de 1943) arremata a casa num leilão para, depois, vendê-la com lucro e poder mandar o filho para a universidade. O momento trágico é selado no momento em que, no escritório de sua advogada, Kathy jura que vai reaver sua propriedade de volta. Pronto: o estrangeiro passa a ser o usurpador. O diretor ucraniano Vadim Perelman foi menino de rua e teve uma ficha recheada por pequenos furtos antes de se tornar um bem-sucedido diretor de comerciais. Seria natural que ele tomasse partido do iraniano. Mas o que torna este seu filme de estréia tão forte é justamente a maneira como ele desperta todo o tipo de solidariedade e antipatia, tanto pela fragilidade de Kathy quanto pelo desespero implosivo de Behrani. Todos têm razão e a perdem numa história em que brilha o grandíssimo Ben Kingsley, na mais antológica de suas atuações, e um diretor surpreendentemente original.
