quarta-feira, 7 de maio de 2008
391 - DURVAL DISCOS
durval discos (brasil, 2002) – uma quase decepção! A estréia na direção da roteirista Anna Muylaert mostra uma narrativa toda resolvida em planos-seqüência (filmagens sem cortes), que enfatizam o aprisionamento dos personagens na lojinha, onde Durval (Ari França) insiste em vender apenas antigos LPs, sem dar a mínima para os CDs. Ele vive com a mãe (Etty Fraser), com quem divide s angústias de ver as vendas despencando a cada dia. Na concepção da diretora, este é um filme com lado A e lado B, como os discos de vinil que Durval vende em sua loja. No lado A, fica a comédia de costumes. Ele estacionou na adolescência, e ela está entrando na senilidade – razão pela qual ele a convence a contratar uma empregada (Letícia Sabatella, lindíssima!), que some logo na primeira noite, deixando em seu lugar uma menina, sob os cuidados dos patrões. Aí, o filme dá sua virada e passa a ser uma história policial, mais sombria. Esse lado B de Durval Discos dá seus pulos, mas eles não chegam a diminuir o interesse do filme. Poder-se-ia destacar a criatividade visual, principalmente nos créditos iniciais.