sábado, 10 de maio de 2008
431 - PERDIDOS NO ESPAÇO
perdidos no espaço (lost in space, 1965) – hoje, vi o último episódio da terceira temporada e cheguei à conclusão que, de fato, os roteiristas haviam chegado a um vazio imaginativo sem solução. As últimas histórias desta fase são muito fracas e os atores também parecem desanimados e perdidos. “A Revolta das Plantas”, cujo vilão é uma enorme cenoura que quer transformar os humanos em vegetais é mesmo duro de engolir! Não me admira que Guy Williams e June Lockhart não tenham conseguido segurar o riso em algumas cenas e, por isso mesmo, “punidos” por Irwin Allen com a suspensão dos seus personagens nos dois episódios seguintes. A terceira temporada tem momentos muito bons, como, por exemplo, o seguindo episódio “Visita a um planeta hostil”, no qual os Robinsons voltam à Terra 50 anos antes do seu próprio tempo, e “Robinson número 2” , em que uma cópia maligna de John do mundo antimatéria tenta substituí-lo. Em “A noite dos caçadores”, temos uma rara seqüência feita fora dos estúdios, com John sendo desafiado num jogo de caça e caçador. É uma pena porque este terceiro ano da série tinha tudo para superar as expectativas dos fãs. Will e Penny já estão crescidos e certamente precisariam de histórias na quais eles pudessem passar para a idade adulta. Isso, de certa forma, fica evidente na terceira temporada, pois os dois parecem não se encaixar em nenhuma das histórias que os roteiristas conseguiram produzir. Will ainda conseguia alguma visibilidade com as confusões que Smith arranjava, mas Penny fuçou mesmo com a pecha de adolescente problemática, como vemos no episódio em que o Júpiter pousa num planeta dominado por jovens rebeldes. O major West também ficou perdido no espaço: seu relacionamento com Judy não evoluiu e seu melhor momento foi mesmo no episódio em que fica preso numa caverna com Smith, quando resolvem fazer as pazes. Guy parece resignado com seu papel de coadjuvante de luxo, e June percebeu que o lugar de seu personagem era mesmo na cozinha do Júpiter 2