JOHN WICK 2 – Seja
esterçando o volante de um Mustang 1969, seja transformando qualquer luta com o
bandido em uma obra de arte, Keanu Reeves está perfeitamente à vontade na pele
– e no terno escuro, sua marca – de John Wick, um matador semi aposentado que
acaba voltando à ativa para resolver assuntos pendentes. Reeves consegue verter
suas limitações dramáticas em trunfo, compensando-as com “timing” de humor,
carisma e uma presença de cena rara n história do cinema. Tirando o máximo de
sua fisicalidade, Keanu entra em modo de vingança letal ao ser provocado por
uma gangue de criminosos e encontra seu habitat natural na realização do “gun
fu” – enfrentamento de com armas que emulam a coreografia das artes marciais. O
filme é um convite ao puro entretenimento, sem preocupações com a realidade e,
por isso mesmo, é ótimo, como seu protagonista, com sua elegância impossível e
um ar blasé que tem tudo a ver com a magia do cinema.