A MÚMIA (THE MUMMY, USA,
2017) – A
MÚMIA é o primeiro filme dos Estúdios Universal formatado numa linha meio
retrô, chamada “DARK UNIVERSE”. Começa mal com esta produção canhestra, sob o
suposto carimbo de qualidade que as presenças de Tom Cruise e Russel Crowe
poderiam oferece a quem procura um “remake” à altura dos clássicos da Universal
da década de 30, com Boris Karloff, Bela Lugosi e Lon Chaney Jr, atores que,
respectivamente, deram vida – ou, vá lá, meia vida – ao monstro de
Frankenstein, Drácula e o Lobisomem. O filme em questão está muito abaixo do
medíocre: o roteiro é paupérrimo, os astros acima citados não brilham e o abuso
do CGI não é menos que irritante. Cruise está mal escalado – é axiomático que
este não era um papel para ele, que ainda retém os cacoetes do Ethan Hunt de
MISSÃO IMPOSSÍVEL (este, sim, o veículo perfeito para sua atual fase de
carreira). Crowe não conseguiria mesmo ir muito além com seu simulacro de Dr.
Jeckyll. Pena. Um grande ator (maior que Cruise, em termos dramáticos), perdido
numa produção que frustra o espectador que ainda acredita na magia renovadora
do cinema. A MÚMIA não traz nada disso.