Helberg, Meryl e Grant |
FLORENCE:
QUEM É ESTA MULHER? (FLORENCE FOSTER JENKINS, Inglaterra, 2016) – Desde a juventude, a socialite Florence
Foster Jenkins cismara que seria uma soprano operística admirada. Ao herdar a
fortuna da família, na meia-idade, investiu tudo em sesu sonho. No entanto, foi
sua voz medonha que a tornou célebre. Juntamente com uma quantidade inesgotável
de autoilusão, Florence era motivo de zombaria e fascínio na Nova Iorque da
primeira metade do século passado. No fundo, o filme é um ensaio sobre os
efeitos deletérios da vaidade sobre a percepção que as pessoas têm (ou não têm) de si
mesmos. Nada muito diferente das execráveis “redes sociais” de hoje em dia.
Meryl Streep está correta no papel de Florence: não brilha, porque o personagem
também não. É Hugh Grant, porém, menos “Hugh Grant” do que nunca, quem rouba o
filme, como o marido oportunista, mas também devotado. Simon Helberg, o Howard,
de THE BIG BANG THEORY, faz o pianista que acompanha Florence, mas com os mesmos
trejeitos que o consagraram na série. Não chega a atrapalhar, mas a gente fica sempre
esperando que Raj apareça de uma hora para outra.