sábado, 19 de agosto de 2017

2911 - AUSTIN POWERS - GOLDMEMBER

    
Quem resiste a este olhar?
 AUSTIN POWERS: GOLDMEMBER (AUSTIN POWERS IN GOLDMEMBER, USA 2002) – Levando a autoparódia ao paroxismo (a sequência inicial vale o ingresso), Mike Myers entra com tudo, ao levar seu personagem-fetiche, Austin Powers, a situações mais absurdas. Embora com algumas cenas escatológicas dispensáveis, mas com uma direção de arte e trilha sonora deliciosamente retrôs, além das citações cinematográficas e o humor ao mesmo tempo chulo e metalinguístico, o personagem entrou, de vez, no imaginário pop da atualidade. Neste terceiro filme, Mike Myers parece ter desistido completamente de criar uma trama definida, optando por concentrar-se na elaboração de um grande número de gags, na esperança de que o espectador ignorasse a bagunça na qual o roteiro se transforma, ao servir como mera desculpa para que os personagens saltem de uma piada para outra (no processo, algumas gargalhadas são garantidas, é claro, mas a falta de lógica das situações acaba impedindo que o público se importe realmente com os personagens, ao contrário do que acontecia nos capítulos anteriores). Só para constar: Marcelo e eu conhecemos Austin Powers, em pessoa, nos corredores da Cultura Inglesa.