O SINAL (LA SEÑAL, Argentina, 2007)– Apesar das críticas negativas, esta estreia de Ricardo
Darín na direção é bem razoável. Neste “noir” portenho, ele é um detetive particular
que divide o escritório com seu sócio (Diego Peretti), sempre às voltas com casos
pequenos, mais enfadonhos do que estimulantes. Até que o pedido da mulher-fatal
da receita do “noir” (Julieta Diaz, do ótimo O AMOR NÃO TEM TAMANHO), para que ele
investigue uma pessoa, o faz redescobrir novos horizontes em sua vida. A fotografia
esmaecida é caprichada. A história, contudo, vai perdendo um pouco de força, à medida
que se encaminha para o desfecho. Há um aspecto trágico real no filme: o diretor
inicial, Eduardo Mignogna, morreu antes de começar o filme – Darín, então, resolveu
dirigi-lo. De qualquer forma, convém lembrar de que Ricardo Darín é obrigatório
em qualquer circunstância. Por isso, vale a pena conferir.