MANK (USA, 2020) – Herman J. Mankiewicz foi um dos maiores roteiristas de Hollywood nos anos 30. Era uma personalidade tão cativante quanto problemática: sempre bebendo além da conta, sua vida era alguma coisa perto do caos. Para viver Mank, David Fincher, um dos diretores mais rigorosos do cinema, escolheu um ator à altura do personagem: Gary Oldman está perfeito, assim como todo o elenco. MANK é um filme para quem sabe apreciar os filmes das décadas de 30 e 40. O figurino, os cenários e a primorosa fotografia em preto e branco são uma festa para os olhos. Falando em festa para os olhos, Amanda Seyfried tem uma das suas melhores atuações. Assistir a este filme é ter uma aula sobre a revolução provocada por CIDADÃO KANE, cujo roteiro foi encomendado a Mank por Orson Welles. Por isso, somos tragados para dentro de uma história tão requintadamente contada, que não há como considerar MANK menos do que uma obra-prima. Netflix. Herman J. Mankiewicz was one of the most important screenwriters in Hollywood during the 30s. He was so captivating as problematic: always drinking too much, his life is something close to the chaos. David Fincher’s choice to play the leading role is up to the challenge: Gary Oldman is perfect and also is the cast. MANK is a movie for those who knows how to appreciate the movies of this era. The costumes, the scenario and the exquisite black and white photography are a sight for sore eyes. Speaking of a sight, Amanda Seyfried has one of her best performances. Watching this movie is to attend a class on the revolution caused by CITIZEN KANE, whose script was requested from Mank by Orson Welles. Thus, we are dragged into a story as masterfully told that this can not be considered less than a masterpiece. Netflix.