O PROTETOR 3 (THE EQUALIZER 3, USA, 2023) – Denzel Washington é obrigatório. No terceiro filme da franquia, Robert McCall está na Itália e ajuda uma pequena localidade a se livrar de um grupo de criminosos meio caricatos. Esta segunda visita ao filme confirma a tibieza do roteiro, apesar do sempre magnífico Denzel e da presença de Dakota Fanning como uma agente do FBI, depois de atuarem juntos no ótimo CHAMAS DA VINGANÇA, de 2004. A bela cidade costeira de Atrani, encrustada harmoniosamente na encosta (também locação do memorável RIPLEY, e com Dakota no elenco) é uma atração irresistível para quem sonha em estar ali, pelo menos uma vez na vida, tomando vinho diante do pôr do sol – e isso já seria uma bela cena da nossa vida – e digo isso lembrando de planos oníricos deixados na longa estrada que transforma tudo em quase nada. Dakota Fanning adota, neste filme, a mesma atuação contida (e encantadora) oferecida em RIPLEY: é um estar, sem estar realmente ali, mas, ao mesmo tempo, apenas movida pelo silêncio, mostrar um entendimento profundo do mundo ao redor, discreta, como se apenas entendesse o inexplicável com o olhar, substantivo e verbo, algo que só Scarlett Johansson faz. Denzel Washington is mandatory. In the third film of the franchise, Robert McCall is in Italy and helps a small town to get rid of a group of criminals who are a bit caricatured. This second visit to the film confirms the lukewarmness of the script, despite the always magnificent Denzel and the presence of Dakota Fanning as an FBI agent, after acting together in the great MAN ON FIRE, from 2004. The beautiful coastal town of Atrani, harmoniously embedded in the hillside (also the location of the memorable RIPLEY, and with Dakota in the cast) is an irresistible attraction for those who dream of being there, at least once in their lives, drinking wine during the sunset – and that would already be a beautiful scene of our lives – and I say this remembering dreamlike shots left on the long road that turns everything into almost nothing. Dakota Fanning adopts, in this film, the same restrained (and charming) performance offered in RIPLEY: it is to be present, without really being there, but, at the same time, only moved by silence, showing a deep understanding of the world around her, discreet, as if she only understood the inexplicable with her gaze, noun and verb, something that only Scarlett Johansson does. Prime.