JURADO # 2 (JUROR #2, USA, 2024) – Clint Eastwood é obrigatório. No seu quadragésimo filme como diretor, ele propõe questões essenciais – e incômodas – constituintes de dilemas morais e do âmago de um roteiro enxuto, mas não menos profundo: verdade e justiça são conceitos indissociáveis ou instâncias que eventualmente se encontram? Justin Kemp (Nicholas Hoult, excelente) é escolhido para o júri de um caso de homicídio e descobre uma possível participação sua no evento. A partir daí, Clint no leva a exercitar o que ainda há de empatia em nós, a simples capacidade de se colocar no lugar do outro, baseado num tipo peculiar de universalidade inserta num mundo que parece ocorrer mediante um juízo existencial de não vacuidade e sem a pretensão de uma universalidade abrangente, pois, afinal de contas, por mais que façamos, nunca poderemos nos livrar do peso de nossas escolhas. Uma obra-prima. Clint Eastwood is a must. In his fortieth film as a director, he poses essential – and uncomfortable – questions that constitute moral dilemmas and the core of a lean but no less profound script: are truth and justice inseparable concepts or instances that eventually meet? Justin Kemp (Nicholas Hoult, excellent) is chosen to be on the jury in a murder case and discovers his possible participation in the event. From there, Clint leads us to exercise what is still empathetic in us, the simple ability to put oneself in the place of the other, based on a peculiar type of universality inserted in a world that seems to occur through an existential judgment of non-emptiness and without the pretension of an all-encompassing universality, because, after all, no matter how hard we try, we can never free ourselves from the weight of our choices. A masterpiece. Max.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
4620 - JURADO #2 (2024)
JURADO # 2 (JUROR #2, USA, 2024) – Clint Eastwood é obrigatório. No seu quadragésimo filme como diretor, ele propõe questões essenciais – e incômodas – constituintes de dilemas morais e do âmago de um roteiro enxuto, mas não menos profundo: verdade e justiça são conceitos indissociáveis ou instâncias que eventualmente se encontram? Justin Kemp (Nicholas Hoult, excelente) é escolhido para o júri de um caso de homicídio e descobre uma possível participação sua no evento. A partir daí, Clint no leva a exercitar o que ainda há de empatia em nós, a simples capacidade de se colocar no lugar do outro, baseado num tipo peculiar de universalidade inserta num mundo que parece ocorrer mediante um juízo existencial de não vacuidade e sem a pretensão de uma universalidade abrangente, pois, afinal de contas, por mais que façamos, nunca poderemos nos livrar do peso de nossas escolhas. Uma obra-prima. Clint Eastwood is a must. In his fortieth film as a director, he poses essential – and uncomfortable – questions that constitute moral dilemmas and the core of a lean but no less profound script: are truth and justice inseparable concepts or instances that eventually meet? Justin Kemp (Nicholas Hoult, excellent) is chosen to be on the jury in a murder case and discovers his possible participation in the event. From there, Clint leads us to exercise what is still empathetic in us, the simple ability to put oneself in the place of the other, based on a peculiar type of universality inserted in a world that seems to occur through an existential judgment of non-emptiness and without the pretension of an all-encompassing universality, because, after all, no matter how hard we try, we can never free ourselves from the weight of our choices. A masterpiece. Max.