segunda-feira, 29 de outubro de 2018

3145 - O FILHO DE DRÁCULA

     
O FILHO DE DRÁCULA (THE SON OF DRACULA, USA, 1943) – Lon Chaney Jr parecia ser uma escolha improvável para viver (o verbo é este mesmo?) Drácula, neste filme cuja história se passa em solo norte-americano, ao contrário dos anteriores (DRÁCULA e  A FILHA DE DRÁCULA). Chaney, que havia se consagrado, na galeria dos monstros da Universal, como o Lobisomem, parece desconfortável no papel do conde. O roteiro é pobre, e o filme não apresenta a experiência visual das produções anteriores, embora já conte com efeitos mais elaborados, inexistentes no início da década de 30 (como Drácula se transformando em morcego). Lon Chaney Jr seemed to be an improbable choice to play Dracula in this movie whose story occurs in American soil, different from the previous films (DRACULA and THE DAUGHTER OF DRACULA). Chaney, who had success, in the Universal Monster Galery, as the Wolfman, seems uncomfortable in the role. The plot is poor, and the movie does not display the visual experience of the prior productions, although having more elaborate effects, which did not exist in the beginning of the 30’s (Dracula’s transformation from bat to the human figure, for example).   

domingo, 28 de outubro de 2018

3144 - ASSÉDIO SEXUAL

   
 ASSÉDIO SEXUAL (DISCLOSURE, USA, 1994) – Michael Kirk Douglas, de certa forma, fez fama por escolher personagens que flertam com a alta voltagem sexual das atrizes com quem contracena. Foi assim com Sharon Stone, em INSTINTO SELVAGEM, com Glenn Close, em ATRAÇÃO FATAL e, neste filme, com Demi Moore. Especialmente agora, com a neurose contemporânea das denúncias sobre assédio sexual a atrizes de Hollywood, este filme chama a atenção para o comportamento agressivo com vetor trocado: o personagem de Douglas, funcionário de uma empresa de informática, é perseguido pela ex-namorada, e agora chefe (Moore), que o seduz abertamente para se vingar do desfecho do relacionamento, anos atrás. A abordagem serve para mostrar que as mulheres nem sempre são vítimas em histórias como estas. Michael Kirk Douglas, in a way, has built his fame by choosing characters that flirt with the sexual high voltage of the actress with whom he works. This happens with Sharon Stone (BASIC INSTINCT), Glenn Close (FATAL ATTRACTION) and, in this movie, Demi Moore. Especially now, with the sexual harassment neurosis in Hollywood, this movie calls attention to the aggressive behavior with a swapped vector: Douglas’ character, a worker in a computer firm, is literally chased by ex-girlfriend and current boss (Moore), who openly seduces him to revenge the end of their relationship years ago. The movie approach serves to show that women are not always victims in episodes like these.  

sábado, 27 de outubro de 2018

3143 - LBJ - A ESPERANÇA DE UMA NAÇÃO

    
 LBJ – A ESPERANÇA DE UMA NAÇÃO (LBJ, USA, 2016) – Além de o tema ser um dos meus maiores interesses – a política americana na década de 60 - , o filme tem como protagonista um ator que tem a ver com minha memória afetiva, por causa de seu personagem homônimo em CHEERS: Woody Harrelson. Ele aqui é Lyndon Johnson, graças a várias camadas de maquiagem que quase lhe roubam as expressões dramáticas. Mas Woody consegue se impor ao personagem, embora, nos close-ups, seu LBJ mais pareça um daqueles gangsteres com as cabeças enormes de DICK TRACY. Rob Reiner mostra generosa complacência ao democrata que assumiu a presidência após o assassinato de Kennedy: na realidade Johnson não era o anjo inocente que Reiner coloca na tela, embora enfoque com precisão seu sentimento de rejeição e seus modos rústicos (como o de despachar com assessores sentado na privada). O filme vale como reverência a Woody e por sua entrega honesta e apaixonada a um papel difícil para o seu physique du rôle. Besides having a very dear theme to me – the American politics in the 60’s – the movie has in its main character an actor who has to do with my fondest memories because of his role in CHEERS : Woody Harrelson. Here he is Lyndon Johnson, thanks to several layers of makeup that almost steal his facial expressions. Notwithstanding, Woody succeeds in playing the character, although in some close-ups, his portrait of LBJ looks more like one of the big-headed gangsters from DICK TRACY. Rob Reiner show generous complacency with the democrat that saw himself in the presidency of the United States after the assassination of John Kennedy: in reality, Johnson was not the innocent angel portrayed on the screen, though he highlighted precisely his feelings of rejection and his rude manners (like conferring with his assistants while on the toilet). The movie is a reverence to Woody for his passionate performance in such a difficult character for his physique du role.    

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

3142 - DUPLA EXPLOSIVA

  
Não se iluda: nem Riggs nem Wade...

    DUPLA EXPLOSIVA (THE HITMAN’S BODYGUARD, USA, 2017) – Apesar do elenco de qualidade – Ryan Reynolds, Samuel L. Jackson e Gary Oldman – o filme é ruim e indesculpável. O diretor Patrick Hughes mistura MÁQUINA MORTÍFERA com DEADPOOL numa história que força a barra no humor oriundo do conflito entre os personagens de Reynolds e Jackson e que acaba sendo constrangedora para todo mundo. Fica claro que Reynolds repete, aqui, os trejeitos do super-herói politicamente incorreto, que ele fez magistralmente em 2016, sem trazer nada de novo ao personagem. Até mesmo Samuel L. Jackson está fora do tom, dando a impressão de que está atuando no automático, torcendo para que tudo aquilo acabe rápido. Despite the quality of the cast – Ryan Reynolds, Samuel L. Jackson e Gary Oldman – the movie is lame and unforgivable. The director Patrick Hughes mix LETHAL WEAPON and DEADPOOL in a story that forces the humor derived from the conflict between Reynolds’ and Jackson’s characters. It turns out being embarrassing. It is clear that Reynolds repeats here the gestures of the politically incorrect superhero, without bringing anything new to the character. Even Samuel L. Jackson is a bit over, performing automatically, seeming anxious to get out of that mess.   


domingo, 21 de outubro de 2018

3141 - CARMEN MIRANDA: BANANA IS MY BUSINESS

     
 CARMEN MIRANDA: BANANA IS MY BUSINESS (BRASIL, 1995) – Documentário sobre a atriz e cantora, que desponta na música popular brasileira na década de 1930, para depois fazer sucesso nos Estados Unidos, graças, sobretudo, à estratégia do governo americano, com a política da boa vizinhança, de aproximação e alinhamento político com a América Latina. Carmen se beneficia do investimento, ganhando papéis em que corporifica uma concepção forjada por Hollywood de certo tipo latino americano. Isso também tinha a ver com a expansão do comércio com a América do Sul e seu apoio aos norte-americanos durante a II Guerra Mundial. Documentary about the actress and singer who appeared in the Brazilian musical scenario in the 30’s and afterward made a hit in the United States due to the American government’s strategy, through the good neighbor policy, of rapprochement and political alignment with Latin America. Carmen benefits from the investment, gaining roles that solidified a Hollywood conception of a certain Latino type. It had also to do with the expansion of the commerce with South America and its endorsement for the American participation in the WWII. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

3140 - MERLÍ

     MERLÍ – TEMPORADA 1 (ESPANHA, 2015) -  A badalada série trazida pela Netflix é, a princípio, uma mistura de Malhação com SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS. Mas logo percebemos que as situações vividas pelo professor de filosofia Merlí (Francesc Orella) e seus alunos, numa escola pública em Barcelona, vão muito além do trivial filosófico, sem ser pretensiosas. O enredo ajustável sempre tem três planos entre os episódios. O principal, apresenta Merlí e suas peripécias; logo em seguida, vem o dos alunos e seus atos consequentes das epifanias nas aulas; e o terceiro tem a ver com os pais e professores que, de alguma forma são atingidos pelas ações indiretas e diretas de Merlí, que não hesita em se arriscar e se abrir para o novo. Assim, o professor está sempre relacionado aos conflitos, sem ser puritano. É curioso notar que a iluminação é quase sempre natural, o que pode ensejar uma interpretação audaciosa: as grandes janelas – que aparecem em várias cenas – podem representar a influência e o conhecimento vindo de fora, como lampejos de consciência. Outros sinais são indicativos da natureza do programa – o pôster de Nietzsche, por exemplo, que aparece em quase todos os episódios, enfatizando a índole niilista e trágica do personagem principal. De qualquer forma, a série significa muito para mim em função da fraterna recomendação que meu querido Joe fez dela. The trendy series brought by Netflix is, at first, a mixture of Malhação and DEAD POETS SOCIETY. But we soon realize that the situations experienced by the philosophy teacher Merlí (Francesc Orella) and his pupils, at a public school in Barcelona. Go far beyond the philosophical jibber-jabber, without being highfalutin. The pliable plot has always three distinct plans between the episodes: the main one presents Merlí and his adventures; then, comes the students’ plan and their consequent acts as a result of the epiphanies in classes; the third one has to do with the parents and teachers who, somehow, are touched by Merlí’s direct and indirect actions. He is a plunger and risk taker, a seeker open to the new. Thus, the Philosophy teacher is always related to the conflicts and he is never prudish. It’s worth noticing that the light is almost always natural, what can be inferred by the big open windows in several scenes that may represent knowledge coming from the outside, as flashes of conscience. Other signs indicate the nature of the show: the Nietzsche poster, for example, present in almost every episode, emphasizing the main character’s nihilist and tragic personality. Anyway, my dearest Joe’s recommending the show means a lot to me.     

terça-feira, 16 de outubro de 2018

3139 - O HERÓI

  
Sam Elliot, perfeito e emocionante
  
O HERÓI (THE HERO, USA, 2017) – Sempre achei Sam Elliot um ator pouco reconhecido, apesar de sua longa e exitosa carreira. Parecia esperar um grande papel, que também fosse uma homenagem ao seu talento e à sua capacidade de intensificar ao máximo o conflito de seus personagens. Foi assim em MATADOR DE ALUGUEL (ROAD HOUSE, 1989): ele era uma espécie de mentor de Patrick Swayze, numa memorável atuação. Em O HERÓI, ele é um ator veterano que sobrevive fazendo  locução para comerciais, até que, diante de uma notícia inesperada, ele procura resgatar suas relações com a ex-mulher a filha. Elliot, em silêncio, na maioria de suas cenas, emociona o espectador, num filme que, apesar de previsível, deve a ele o impacto dramático que caracteriza as grandes obras. I have always considered Sam Elliot an actor who deserved more recognition, in spite of his long and successful career. He needed a great role that was also a homage to his talent and ability to intensify the conflict of his characters. It happened in ROAD HOUSE (1989): he was Patrick Swayze’s mentor, in a memorable performance. In THE HERO, he is a veteran actor who survives making voice-over for commercials until unexpected news made him try to fix things with his ex-wife and daughter. Elliot, silent in most of his scenes, delivers an emotional performance in a movie that, despite being predicable, owns him the dramatic impact that characterizes the great works.  

domingo, 14 de outubro de 2018

3138 - CAÇADORES DA ARCA PERDIDA

   
O mundo conhece Indy...
 
OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA (RAIDERS OF THE LOST ARK, USA, 1981) – ROTLA é tudo que um filme de ação gostaria de ser: sequências espetaculares, humor inteligente, um elenco em sintonia e, na direção, um dos maiores de todos os tempos: Steven Spielberg. Sem contar com os CGIs de hoje, Spielberg usa e abusa, com raro talento, de uma edição frenética e efeitos mecânicos altamente eficientes. Além disso, Harrison Ford explode na tela com a perfeita personificação do herói que mistura os limites humanos com o que vai além deles, sem ofender a capacidade do espectador de acreditar no que vê. Imaginar Tom Selleck na pele do arqueólogo é possível, mas Ford, definitivamente, é Indy, com todo o DNA explícito. Spielberg, George Lucas e Ford, ao realizarem uma homenagem às aventuras dos quadrinhos e do cinema da década de 30 e 40, criaram um herói que se tornou um dos maiores ícones do cinema. ROTLA is everything an action movie would like to be: astonishing sequences, clever humor, a cast in harmony, and, leading the party, one of the greatest of all times: Steven Spielberg. Not having the CGIs of today, Spielberg makes the best of a frantic editing and highly efficient mechanical effects. Besides, Harrison Ford explodes on the screen with the perfect personification of a hero that mixes the human boundaries with what goes beyond, without offending the viewer’s ability to believe in what they see. Picturing Tom Selleck under Indiana’s skin is a possible task, but Ford, definitely, is Indy with all explicit DNA. Spielberg, George Lucas, and Ford, with their attempt to make a homage to adventure comics and flicks of the 30’s and 40’s, have created a hero that is one of the greatest movie icons.    

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

3137 - TEMPESTADE: PLANETA EM FÚRIA

     
TEMPESTADE: PLANETA EM FÚRIA (GEOSTORM, USA, 2017) – Desligue o cérebro, se quiser ver este filme-catástrofe (o nome já diz tudo) até o fim. O produtor de quase todos os filmes de Roland Emmerich, Dean Devlin, se aventurou na direção deste projeto descerebrado que ainda conta com um roteiro ruim e um elenco sem sintonia. Afinal, o que fazem Ed Harris e Andy Garcia numa furada dessas (talvez esteja faltando dinheiro para a mensalidade do “country club”)? Mas o pior de tudo é a presença, sempre descabida, por pura falta de talento, de Gerard Butler, como protagonista marombado, capaz de resolver qualquer problema como um murro em quem estiver mais próximo. Além disso, neste filme, ele aprofunda em nós a impressão de estar sempre mastigando alguma coisa que não cabe em sua boca. Repleto de diálogos redundantes e cenas de ação burocrática, GEOSTORM ainda peca no CGI tosco e na lógica científica e narrativa. Turn off your brain if you want to watch this disaster movie (the title tells it all) until the end. The producer of almost Roland Emmerich’s movies, Dean Devlin, dared to direct this brainless project that encompasses a lousy plot and a dispersed cast. After all, what do Ed Harris and Andy Garcia do in a flop like that (they may need an extra money for paying the country club monthly payment). But worst of all is Gerard Butler’s presence as a musclebound protagonist, able to solve any issue with a punch on the face of anyone who is nearby. Besides, he deepens the impression of being chewing something much bigger than his mouth. Fraught with redundant dialogues and bureaucratic action scenes, GEOSTORM still delivers a shoddy CGI and an inaccurate narrative and scientific logic. 
                                                          

domingo, 7 de outubro de 2018

3136 - CÁLCULO MORTAL

    
CÁLCULO MORTAL (MURDER BY NUMBERS, USA, 2002) – Thriller policial com Sandra Bullock (sem graça, como sempre), Ryan Gosling e Michael Pitt. A boa premissa funciona até a metade do filme, mas tudo desaba daí para frente. Comparado, equivocadamente, ao clássico ROPE, de Hitchcock, o filme tenta ter uma montagem criativa, apostando no jogo psicológico e nas boas atuações de Gosling e Pitt. No entanto, os clichês vão minando qualquer boa vontade do espectador. O título do filme é uma referência à música Murder by Numbers, de Sting e Andy Summers. Thriller with Sandra Bullock (unappealing, as always), Ryan Gosling and Michel Pitt. The premise is OK and it works until the middle of the movie, but from this moment on everything collapses. Mistakenly compared to Hitchcock’s ROPE, the movie has a creative assembly, focusing on the mind games and on the good performances of Ryan and Pitt. However, the clichés destroy any goodwill of the viewer. The title is a reference to MURDER BY NUMBERS, by Sting and Andy Summers. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

3135 - O FABULOSO ZÉ RODRIX

      O FABULOSO ZÉ RODRIX (BRASIL, 2017) – Ótimo documentário sobre a vida e a carreira de Zé Rodrix, como multi-instrumentista, escritor e publicitário, além de mostrar como trabalhava uma das figuras mais inquietas do mundo artístico brasileiro. Responsável por inúmeros jingles de sucesso (como o da Chevrolet, por exemplo), trilhas sonoras para cinema, projetos teatrais e estupendas composições musicais, Zé Rodrix talvez não tenha tido o devido reconhecimento do seu enorme talento. Remarkable documentary about Zé Rodrix’s life and career, as a multi-instrumentalist, writer and advertiser, showing how worked one of the most restless persons of the Brazilian artistic scenario. Responsible for a number of successful jingles, soundtracks, theatre projects and memorable songs, Zé Rodrix may not have had the due recognition of his huge talent.    

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

3134 - IT, A COISA

    
  IT, A COISA (IT, USA, 2017) – O filme mostra muito menos do que promete, aproveitando um conceito arquetípico que consagrou uma certa dubiedade à figura dos palhaços. Ruim e sem a graça mórbida que se esperava de tanta falsa propaganda do filme que, esta sim, por nos fazer de palhaços, é um horror. Além do mais, há, no filme, uma abordagem que nos remete constantemente ao universo de STRANGER THINGS, especialmente pelo protagonismo do grupo de meninos que inclui Finn Wolfghard, o Mike Wheeler da série dos irmãos Duffer. The movie shows much less than it promises, taking advantage of an archetypical concept that invested some ambiguity in the figure of the clowns. The movie is bad and deprived of the morbid grace expected from the false prospects of the film that, I must say, has made us clowns in a horrible way. Besides, there is an atmosphere in the film that takes us to the universe of STRANGER THINGS, especially because of the children’s protagonism and the presence of Finn Wolfhard, who is the leading actor in the Duffer brothers’ series.   
     

terça-feira, 2 de outubro de 2018

3133 - TAL PAI, TAL FILHA

   
  TAL PAI, TAL FILHA (LIKE FATHER, USA, 2018) – Minha curiosidade sobre este filme era a presença de Kelsey Grammer no elenco. Ele fez história na TV por ter sido o engraçadíssimo Dr. Frasier Crane, em CHEERS e no “spin-off” FRASIER, ambos excelentes. Neste filme, Grammer está muito bem num papel dramático, mas a história não ajuda: ele é o pai de Rachel (Kristen Bell, bonita, mas sempre exagerada e dura demais na entrega do personagem), que é abandonada pelo noivo no dia do casamento e acaba viajando com o pai – ausente até então – no cruzeiro de lua de mel. O arco dramático se perde em situações supostamente engraçadas e que em nada contribuem para a coesão do enredo. I was curious about this movie because of Kelsey Grammer’s presence in the cast. He is a TV legend because of his role as Dr. Frasier Crane in CHEERS and in the spin-off FRASIER, both great shows. In this movie, Grammer is outstanding in a dramatic role, but the story doesn’t help: he is Rachel’s father (Kristen Bell, beautiful, but a little bit over and too stiff in the character delivery), who is left by her fiancé on the wedding day and ends up with her father – absent at that point – in her honeymoon cruise. The dramatic arch is lost in supposedly funny situations that do not contribute to the cohesion of the plot.  

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

3132 - OS AMANTES

     
OS AMANTES (THE LOVERS, USA, 2017) – Filme “indie” simpático, sensível, mas não para todos os gostos, principalmente por causa do desfecho inusitado e original. Mary e Michael (Debra Winger e Tracy Letts) são um casal de meia idade que mantém, cada um, casos extraconjugais. Protelando a hora de serem honestos um com o outro, eles vão, aos poucos, redescobrindo a paixão que havia desaparecido. Há um clima meio “a vida como ela é” que transforma o filme, para nós, brasileiros, numa espécie de adaptação estrangeira das peças de Nelson Rodrigues. Nice and sensitive indie flick, but not for all tastes, mainly because of the unexpected and original ending. Mary and Michael (Debra Winger and Tracy Letts) are a couple that has, both of them, extramarital affairs. Postponing the time for being honest with each other, they start rescuing the passion that was supposedly lost. There is a “life as it really is” atmosphere that makes the movie look like an American version of one of Nelson Rodrigues’ plays.