KAMCHATCKA
(Argentina, 2002) – Ricardo Darín é obrigatório. Neste emocionante
relato de uma família que foge dos horrores da ditadura portenha, em 1976, ele
brilha junto como o menino Matías Del Pozo, como Harry, sob cujo ponto de vista
a história é contada. O filme é mais uma das preciosidades que o cinema
argentino nos oferece, enquanto aqui no Brasil continuamos a fazer filmes de
quinta categoria, sem qualquer laivo de qualidade artística. Cada produção
portenha eleva o nível de um cinema que tem em Darín seu expoente máximo. Este
filme é uma homenagem aos que caíram durante os anos de chumbo que o golpe impôs
à população e especialmente às almas mais sensíveis, como Harry. Mais uma vez: a
cena final é de abalar os corações, pela beleza e simplicidade dramática.