segunda-feira, 23 de outubro de 2017

2965 - BLADE RUNNER: O CAÇADOR DE ANDROIDES

   
A cena definitiva...
   BLADE RUNNER, O CAÇADOR DE ANDROIDES (BLADE RUNNER, USA 1982) – Mistura de ficção do século XXI com os filmes noir de detetive dos anos 40, o filme de Ridley Scott resultou numa visão de uma distopia ácida que, mesmo depois de tantos anos, ainda impressiona pelas questões existenciais que levanta. O espetacular desenho de produção mostra a visão de Scott para uma Los Angeles em 2019 (daqui a dois anos!!!), sombria e iluminada por neon, com ruas superpovoadas sobre as quais cai uma chuva ácida contínua e se transformou num paradigma para filmes do gênero desde então. Repleto de simbolismo, BLADE RUNNER gerou muito debate sobre religião, clonagem, ética, poluição, eugenia, relações sociais etc. A versão do diretor tem cenas adicionais, deixou de fora a narração em off de Ford e o final feliz imposto pelo estúdio. Rever a cena em que Roy (Rutger Hauer) acaricia uma pomba e diz a famosa fala (inventada por ele próprio), ainda é de um impacto enorme: “E todos estes momentos ficarão perdidos no tempo, como lágrimas na chuva...”. Obra-prima, um dos pontos mais altos do cinema de ficção científica.