terça-feira, 17 de outubro de 2017

2958 - ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM

Redmayne, apagado, numa história idem
   ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM (FANTASTIC BEASTS AND WHERE TO FIND THEM, Inglaterra, USA, 2016) – Este spin-off do sucesso de Harry Potter, roteirizado pela própria J.K. Rowling, apresenta, do início ao fim uma pletora de (bons) efeitos visuais, mas derrapa numa história flébil, com personagens tão perdidos e estranhos quanto as criaturas que Newt Scamander (Eddie Redmayne, totalmente sem inspiração) traz dentro de uma mala, quando chega a Nova Iorque, nos anos 20. É claro que os elementos visuais vão dando sustentação ao filme, mas a premissa de que criaturas mágicas estão causando os mais diversos prejuízos à cidade se esvazia rapidamente. Eddie Redmayne passa a maior parte do tempo ininteligível – tem-se muita dificuldade para entender o que ele fala. Certamente, ele nem o diretor David Yates (de quatro dos oito filmes da série Harry Potter) acharam o tom certo para o personagem. E ninguém explica por que ele foi expulso de Hogwarts, embora sua sensaboria já esclareça o fato. Assim, ANIMAIS FANTÁSTICOS se arrasta, como um navio à deriva. Fantástico? Em nada. Animais? Muitos, mas quase todos desenxabidos e desinteressantes. Os destaques vão para o padeiro rechonchudo Jacob Kowalski (Dan Fogler) e para Colin Farrell, excelente como Percival Graves, chefe da Divisão de Segurança Mágica. É um filme que promete muito, porém entrega muito pouco também, pois, apesar de todo o aparato técnico que dá vestimenta a uma história fraca, fica-se com a forte impressão de que faltou mesmo mágica.