JOGO PERIGOSO (GERALD’S GAME, USA 2017)– Baseado num romance de Stephen King, a história
começa com um casal (Carla Gugino e Bruce Greenwood) tentando apimentar sua
vida sexual, numa casa isolada perto de um lago: ele a algema na cama e, logo a
seguir, morre inesperadamente, deixando a esposa presa e exposta a alucinações
com o próprio marido e com personagens de sua vida na infância. O diretor Mike
Flanagan aproveita bem as limitadas possibilidades de um set único – o quanto
em que Jessie (Carla Gugino) está presa – para explorar diversos aspectos
psicológicos que vão de manifestações mentais de opressão a flashbacks que
tentam jogar luzes à trama. A narrativa não perde seu ritmo em momento algum, navegando
por diversos elementos do roteiro com habilidade, usando quase todo aspecto visual
disponível e um constante sentimento de imprevisibilidade para manter o espectador
atento.