DESTINOS CRUZADOS (RANDOM HEARTS, USA 1999) – Definitivamente, este é uma das melhores atuações dramáticas de Harrison Ford, que divide o protagonismo como a bela e talentosa Kristin Scott Thomas, uma atriz subestimada pelo cinema – ela deveria ter tido muito mais oportunidades com papéis que fizessem jus ao seu imenso talento. Na história, os dois descobrem que seus conjugues, mortos num acidente de avião, os estavam traindo um com o outro. Dutch (Ford) não se conforma e tenta de todas as maneiras traçar a história da mulher com o amante; enquanto Kay (Thomas), uma congressista buscando a reeleição, fica um pouco mais hesitante, pois escândalo como esse poderia ter efeitos negativos nas urnas. As magníficas imagens da capital americana e a belíssima trilha sonora de Dave Grusin tornam o filme dirigido por Sidney Pollack (também no elenco) ainda mais interessante. É curioso constatar como as secretárias eletrônicas têm um papel preponderante na trama, numa época em que os celulares ainda tinham o uso muito restrito. O excelente Richard Jenkins aparece num papel pequeno, mas consegue mostrar seu imenso talento mesmo assim. Uma curiosidade: é o único filme em que Ford aparece de brinco, acessório que ele ostenta na vida real.