domingo, 2 de outubro de 2022

4149 - MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA (2015)

Charlize Theron cheia de graxa

MAD MAX:
ESTRADA DA FÚRIA (MAD MAX: FURY ROAD, Austrália, 2015) – Reduzindo a gramática cinematográfica ao que ela tem de mais essencial e universal – tempo e movimento – George Miller reinventa seu clássico de 1979, com Mel Gibson, turbinando esta história épica com os recursos tecnológicos inexistentes naquela época. Com o primeiro MAD MAX, Miller deu traços definitivos ao “futuro distópico”, como o conhecemos hoje, uma Terra pós-apocalíptica, na qual a luta pela sobrevivência atinge níveis impensáveis de violência. Em ESTRADA DA FÚRIA, a ação ininterrupta é a própria história do filme – tudo é feito para sustentar as sequências de perseguição pelo deserto, e o resultado é excepcional. Os poucos diálogos apenas pontuam a narrativa onde os horrores do futuro perturbadoramente se parecem muito com o do presente: a escassez de água, a degradação das relações humanas, o tráfico sexual, escravidão, população oprimida, a genética a serviço da supremacia racial e o domínio masculino numa sociedade que só encontrará esperança nas mãos das mulheres. Daí ser Charlize Theron a força maior de MAD MAX: linda e sedutora, mesmo lambuzada de graxa (ou mesmo por causa disso), é ela a razão da nova ordem feminina. Reducing the movie grammar to its universal essence – time and movement – George Miller reinvents his 1979 classic with Mel Gibson, boosting this epic story technological resources that did not exist at that time. With the first MAD MAX, Miller gave final shape to the “dystopic future” as we know today, a post-apocalyptic Earth in which the struggle to survive reaches unthinkable levels. In FURY ROAD, the uninterrupted action is the story itself – everything serves the race through the desert, and the outcome is exceptional. The few dialogues only mark the narrative in which the horrors of the future are disturbingly similar to those of the present: the lack of water, the destruction of human relationships, sexual traffic, slavery, oppressed population, genetics at the service of racial supremacy, and the masculine domain in a society that will only find salvation in the hands of women. Hence, Charlize Theron is the paramount force of MAD MAX: gorgeous and seductive, she is the reason for a new feminine order. HBO.