domingo, 9 de abril de 2017

2930 - DÉJÀ VU


 
Paula Patton - um ótimo motivo para Denzel Washington voltar ao passado
 
    DÉJÀ VU (USA, 2006) – Denzel Washington é obrigatório. Anthony David Leighton Scott foi sempre obliterado pela fama de seu irmão mais velho, Ridley, responsável por joias como BLADE RUNNER, PERDIDO EM MARTE e ALIEN. No entanto, Tony foi responsável por excelentes obras, em parceria com Denzel: CHAMAS DA VINGANÇA, MARÉ VERMELHA e INCONTROLÁVEL, além do excepcional INIMIGO DE ESTADO, com Will Smith e Gene Hackman, e o clássico FOME DE VIVER, com David Bowie. Seu estilo de câmera acelerada, com imagens decupadas e trilha sonora instigante é inconfundível. Em DÉJÀ VU, ele mistura um thriller policial, entremeado de laivos políticos, (há um atentado terrorista logo no início do filme, numa sequência estupenda com a explosão de uma barca) com ficção científica (com o tema, sempre instigante, da viagem no tempo). É exatamente aí que Scott costura o roteiro magistralmente, para dar sentido, e alguma plausibilidade, a uma história que mesmeriza deste a primeira cena. Se Denzel, como o agente federal que quer capturar o terrorista (Jim Caviezel, excelente), dá crédito à trama, o ritmo frenético da direção de Scott faz o espectador embarcar no lado sci-fi da aventura, numa total imersão do “suspension of disbelief”, que só faz bem. Afinal, quem não iria atrás da cotia Paula Patton, para salvá-la, mesmo que tivesse de voltar no tempo e alterar os fatos? Em consonância com o título, eis um filme para se ver várias vezes.