Clooney e as popozudas |
. O JOGO DO DINHEIRO
(MONEY MONSTER, USA, 2016) –
George Clooney é Lee Gates, um apresentador de um programa de TV sobre
investimentos, com direito a toda e qualquer fanfarronice possível: dança rap,
se fantasia, faz-se acompanhar de dançarinas popozudas, dispara bordões vulgares,
sem se importar com o que possa ser politicamente correto. Julia Roberts é a
diretora do show, sempre tentando – em vão – controlar a histrionice do “clown”
das finanças. Até que, um dia, Kyle Budwell (Jack O’Connel) invade o estúdio
onde Gates está gravando o “Money Monster” (que nome!!!!) e, pistola em punho,
obriga o apresentador a vestir um colete recheado de explosivos. Kyle quer uma
explicação para ter perdido todo seu dinheiro por causa das dicas de
investimento propagadas por Gates. A direção de Jodie Foster se equilibra
precariamente entre a sátira e a fábula moral, aquela que vende sonhos impossíveis
a um público perigosamente receptível. A abordagem crítica aos shows sem limites
éticos também se dilui com o desenrolar da história, cujo fim nos deixa a
impressão de que poderíamos ter assistido a outra coisa.