KONG - A ILHA DA CAVEIRA (KONG: SKULL ISLAND, USA 2017)
– O filme tem a seu favor a excelência técnica e a criatividade na maneira de
explorá-la: a inspiração icônica de Apocalypse Now, de Coppola, perpassa o
desfile visual repleto de referências e citações. Tudo começa bem, mas o
roteiro se perde ao não privilegiar mais cenas com seu protagonista símio, já
que, atualmente, os CGIs podem (quase) tudo, se bem executados. É o caso aqui:
assim como o Godzilla de SHIN GODZILLA, Kong está mais crível do que nunca, graças
aos avanços ininterruptos da “performance capture” que dá vida a tais
criaturas. O elenco é composto de grandes nomes, mas as atuações poderiam estar
mais de acordo com a expectativa. Samuel L. Jackson está um pouco fora do tom,
e o excelente John Goodman, mais magro, desde CLOVERFIELD 10, praticamente desaparece
da história. Tom Hiddleston, que já foi o Loki, irmão de Thor, é bom ator, mas sua
presença neste filme ficou ainda por ser explicada. A fotógrafa de guerra que acompanha
o grupo, Brie Larson, parece ter entrado na trama apenas para ter um flerte com
Kong. Sem mais o que fazer, acaba pagando o mico mor de um filme que, manuelbandeiramente,
tinha tudo para ser ótimo, mas não foi.