A FRENTE FRIA QUE
A CHUVA TRAZ (BRASIL, 2016) – Jovens entendiados
da classe-média da zona sul carioca sobem o Vidigal, para fazer uma rave na
laje de um dos barracos da favela. É baseado neste argumento pobre que Neville
d’Almeida volta às telas, depois de anos afastado. O que se vê é o mesmo cinema
marginal que marcou a carreira do diretor e que podia ter tido um impacto estético
em outras épocas, mas não atualmente. Diálogos artificiais e atuações
exageradas, tudo em torno de personagens estereotipados – a menina pobre que se
prostitui, os adolescentes que são "espertos" e as garotas ricas que acham o máximo
ir atrás de drogas subindo o morro. Tudo muito ruim, a começar pelo elenco
global de jovens que pensam que são atores a um diretor que acha que ainda está
nos anos 70. Totalmente dispensável.